terça-feira, 21 de setembro de 2010

As ciladas de Paris

 Pont Alexandre III: cuidado no passeio à margem do Sena

Nem tudo é perfeito, ainda que estejamos falando da cidade considerada a mais linda do mundo e, de longe, a mais visitada por turistas do planeta todo. Aliás, quem acompanha este blog conhece a paixão que tenho pela capital francesa. No entanto, como nem tudo são flores,  aqui vão algumas dicas importantes.

Atenção redobrada ao caminhar pelas calçadas: olhe para o chão, mas também para o céu. Além das cacas dos totós (os moradores da cidade não têm o hábito de recolher os cocôs de seus cachorros), as pombas estão por todos os lados, inclusive fazendo suas necessidades básicas do alto! 
 
Já estive algumas vezes em Paris e nunca fui assaltada por lá. Aliás, nunca conheci ninguém que já tenha sido. (Se você já foi ou conhece alguém, me conte!) No entanto, sempre é bom se prevenir de algumas ciladas típicas de cidades grandes e cheias de turistas que desviam a atenção da segurança para olhar os lindos monumentos.

Principalmente em frente à Catedral de Notre-Dame, em Ile de la Cité, há inúmeros mendigos suplicando uma ajuda para comer. E, se algum albanês, romeno ou qualquer outro estrangeiro lhe perguntar se você fala inglês, tome cuidado. Na verdade, ele quer te entregar um papel solicitando ajuda para comprar uma passagem de volta a sua terra natal. Na primeira eu caí. Depois, virei craque em dizer que não falo inglês.

O truque da aliança é o mais recente. Seja na margem do rio Sena, seja na Place de la Concorde (dois locais onde presenciei a cena), geralmente uma cigana se abaixa, justamente quando você estiver passando, e recolhe um reluzente anel de ouro. E, obviamente, pergunta se foi você quem acabou de deixá-lo cair. Não dê atenção. Ela vai tentar te tirar algum dinheiro dizendo que aquela aliança é valiosíssima (e não passa de um pedaço de lata, é claro).
 
Se em 2002 o idioma era um problema, uma vez que os franceses têm fama de não falar inglês, hoje em dia, principalmente após a expansão do uso da internet, globalização etc., é bem mais comum encontrar nas ruas parisienses que não chegam a dominar o idioma de Shakespeare, mas que conseguem auxiliar o turista desavisado. No entanto, sempre é bom tentar agradar os moradores da cidade que inventou o impressionismo. 

Por isso, tenha sempre em mente algumas palavras mágicas da boa educação, como bonjour (ou bonsoir se for de noite), s'il vous plaît (por favor), merci (obrigado). Sendo bem-educado, ninguém vai negar em dar uma mãozinha, ainda que os parisienses tenham fama de mal-humorados.