quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Campos do Jordão - Blue Mountain Hotel & Spa


Quem fica esperando o inverno para subir a serra e curtir os encantos de Campos do Jordão, saiba que a cidade tem muito a oferecer, mesmo na baixa temporada. Aliás, longe de julho é que é possível aproveitar as delícias da região, já que não existe a disputa por espaço. Inaugurado em 2010, o Blue Mountain Hotel & Spa ocupa área de cerca de 600 mil metros quadrados em meio às montanhas e infraestrutura completa, ideal para quem quer passear com a família, sem deixar de lado o conforto e a boa gastronomia.

Pra começar, toda a água usada pelo hotel é mineral, de duas fontes localizadas dentro da propriedade, inclusive a água da piscina, que é coberta. De lá, aliás, é possível observar as montanhas, já que o local é cercado de vidro anti-embaçante e azul, que veio da Bélgica.



Por falar em gastronomia, há espaços exclusivos, como Café Restaurante Jacarandá, onde é servido o café da manhã; Piano Bar Cedro, Bistrô, Bar da Piscina, que estão prontos para oferecer aos hóspedes menu diferenciado cujo cardápio fica a cargo do simpático chef Antônio Malaquias, cuja especialidade é a cozinha contemporânea com toque francês. A adega de vinhos, a Cave, localizada no subsolo e esculpida em pedra, merece um capítulo à parte, pois oferece mais de 1.300 rótulos de diversas regiões do mundo. Lá, é possível reservar o espaço para apreciar bons vinhos acompanhados de aperitivos ou fondue, do lado de dentro ou no deck, com vista para a mata.

Na parte de lazer, salão de jogos, fitness center e o Kid’s Club, que tem até uma casa no alto de uma árvore! Para os que querem relaxamento total, SPA Shishindo tem tratamentos corporais e faciais.

Blue Mountain Hotel & SPA Rua Dr. José Mestres, 2.145, Campos do Jordão, tel.: (11) 2503-0197, central@bmhs.com.br

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Champagne

Em Reims, Praça Drouet, onde restaurantes disputam atenção dos visitantes


Em uma das minhas idas e vindas a Paris, decidi conhecer a região de Champagne, com visita a uma das inúmeras caves que aceitam passeios de turistas. A partir de Paris, comprei passagens (cerca de 30 euros por trecho) de trem (TGV), saindo da Gare de l’Est, e, em menos de uma hora depois, desembarcava em Reims. O trajeto também pode ser feito de carro, percurso no qual o turista pode ir parando no caminho. Nesse caso, são 150 quilômetros de Paris.

É em Champagne, esta região localizada no noroeste da França, o local onde se produz a bebida de mesmo nome feita a partir do vinho e cheia de borbulhas perfeita para comemorações. Se não for fabricada aqui, ela vai ter outro nome, que pode variar, por exemplo, entre prosecco, espumante, cava, sidra e assim por diante.

O nome correto da região é Champagne-Ardenne. Uma lei de 1927 delimita a área de produção controlada (Appellation d’Origine Contrôlée - AOC), que compreende 34 mil hectares em cinco sub-regiões: Marne, Aube, Aisne, Haute-Marne e Seine-et-Marne, que produzem as uvas Chardonnay, Pinot Noir e Pinot Meunier. O tesouro, porém, é guardado sob toda a terra na qual se pisa. Isso porque é no subsolo que estão as caves dos grandes e dos pequenos produtores de champanhe. Ao todo, são 250 quilômetros (150 km só em Reims) de caves e galerias que guardam as 300 milhões de garrafas produzidas por ano. Só a França consome 180 milhões delas. O restante segue para o mundo. O Brasil, aliás, já é um dos consumidores assíduos da bebida.


Catedral Notre-Dame de Reims
É verdade que muitos visitantes escolhem o local para desfrutar do vinho espumante, mas há muito o que se fazer em Reims, por exemplo. A começar com a Catedral Notre-Dame de Reims, uma das maiores realizações da arte gótica da Europa. Não é à toa, aliás, que ela remete à bela Catedral de Notre-Dame de Paris. Representante do século 13, a catedral é única por seu estilo, brilho e coleção de estátuas. O local também já foi palco de diversas coroações reais. Quando estive por lá, sua fachada passava por restauração.

Na rua principal, diversos restaurantes colocam suas mesas nas calçadas durante a primavera e o verão europeu a fim de disputar as atenções dos turistas. Há ainda parque de diversões para entreter as crianças e galerias com inúmeras lojas, inclusive as que comercializam o bom champanhe, de diversas maisons.

Se tiver mais tempo em Reims, programa cultural não falta. Próximo à Catedral está o escritório de turismo da cidade. É um local confuso, sem muita informação, mas pelo menos há um guia de bolso com os endereços das maisons e dos principais pontos turísticos. Há museus, capelas e até mesmo caves para serem visitadas, já que quatro de seus monumentos são considerados Patrimônios Mundiais da Humanidade pela Unesco (Catedral Notre-Dame, Basílica Saint-Remi, Palácio do Tau e Museu Abbaye Saint-Remi).

Como a visita que havia agendado era na Moët & Chandon, localizada em Épernay, peguei um outro trem, com duração de menos de 20 minutos. O tíquete, que custa 6 euros, pode ser comprado na própria estação, inclusive nos terminais eletrônicos, com ajuda do cartão de crédito.

Visitante tem a oportunidade de conhecer como ficam armazenadas as garrafas de champanhe
Épernay
Épernay fica ao sul, no Vale do Marne. Aqui, a avenida principal não poderia ter outro nome, senão Avenue de Champagne. Além da Moët & Chandon, estão também em Épernay Bollinger, Perrier-Jouët, Mercier, Pol Roger. Já em Reims, podem ser visitadas a Veuve Clicquot Ponsardin, Piper Heidsieck, Pommery, G.H. Mumm, Taittinger, Lanson, Ruinart, Ayala, Deutz e outros produtores.

Antes de visitar a cave (que é preciso agendar com antecedência), aproveitei para dar um passeio a pé pelo centrinho, e comer algo, já que a visita geralmente inclui degustação. Como saí cedo de casa, comi uma baguete comprada na boulangerie da praça.

O agendamento foi feito para o grupo com guia que falaria francês, mas, para minha surpresa, o guia também falava português, embora os outros visitantes preferissem o idioma nativo. Sendo assim, tirei uma dúvida ou outra com o especialista durante o passeio que conta a história de duas famílias: Moët e Chandon.

Criada no século 18, Moët & Chandon é atualmente proprietária de um território rural que cobre mais de mil hectares, e suas caves possuem a maior extensão de toda a região de Champagne. Durante o passeio, o visitante anda por seus corredores e conhece o local onde as garrafas descansam antes de ficarem prontas até serem levadas para o mercado nacional ou exportadas. Ao fundo, trancada com correntes e cadeado, há um dos primeiros exemplares da bebida. O preço? Impagável, disse o guia.


Edição especial de Dom Pérignon
Depois das explicações, chega a hora mais esperada: a da degustação. Uma taça por pessoa, dependendo do pacote que comprou. Na sequência, funciona como nos parques de diversão da Disney: antes da porta de saída está a lojinha. E lá há várias opções, principalmente as safras especiais, modelos recém-lançados e que geralmente só chegam ao Brasil três, quatro meses depois, a outros preços, é claro. Por todos os lados, fotos da atriz Scarlett Johansson, musa da maison, que estrela suas campanhas publicitárias, com imagens de duplo sentido.

Durante o passeio, se bater uma sede, procure por um local onde vende a bebida produzida ali mesmo! Você não vai se arrepender!

Agende a visita
Ayala
Bollinger
Deutz
G.H. Mumm
Lanson
Mercier
Perrier-Jouët
Piper Heidsieck
Pommery
Pol Roger
Moët & Chandon
Ruinart
Taittinger
Veuve Clicquot Ponsardin

Mais informações
Champagne
Épernay
Reims

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Les Arts Décoratifs

Escarpins de couro branco, coleção primavera-verão 1998, Benoît Méléard por Jérémy Scott

O museu Les Arts Décoratifs, em Paris, localizado próximo ao Musée du Louvre, sedia a exposição Animal até novembro. A proposta é apresentar como os animais, selvagens ou domésticos, servem como inspiração na vida do homem em mais de 400 obras.

A mostra confronta os estilos e as épocas sob um ângulo dos animais no mobiliário, na moda, em tecido, jogos, brinquedos, cartazes, joias que revelam o modo múltiplo no qual o homem se apropria do animal e o integra à decoração cotidiana. Há algumas, inclusive, de gosto bastante duvidoso.

Bule de porcelana (1833)
Na exposição, é possível ver obras que foram desenvolvidas a partir da forma do animal, já que o corpo dele se revela uma fonte de adaptações aos objetos do nosso cotidiano. Há ainda estátuas feitas de porcelana com motivos animais que datam do século 18 ou até mesmo as esculturas de bronze do século 19.

O animal também é usado em cartazes e na publicidade, tal como o carro da Peugeot, que combina o poder do leão. O museu vale a visita principalmente por seu espaço, por sua arquitetura. E o local não resume-se a esta mostra, já que sempre há mais de uma acontecendo simultaneamente.

A exposição pode ser visitada de terça a domingo, das 11h às 18h, sendo que às quintas fecha às 21h. O ingresso custa 9 euros.

Les Arts Décoratifs 107, Rue de Rivoli, 75001, Paris, Tel.: (33) 01 4455-5750

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

The SPA


Uma atmosfera de relaxamento e serenidade. Esta é a proposta do The SPA, localizado no One Bal Harbour
Resort & SPA, no melhor pedaço de Miami. Aberto para hóspedes e também para visitantes, o local é perfeito para quem quer esquecer dos problemas e se entregar aos tratamentos.

Tudo lá dentro é feito para que cliente aproveite os minutos de tranquilidade: música calma, ambiente forrado de madeira para dar a sensação de aconchego, água corrente para garantir a calma a que o visitante é entregue tão logo entra em direção a uma das salas de tratamento. No caminho, pausa para tomar um suco de frutas e relaxar na sala de espera enquanto aguarda uma das terapeuta (vindas principalmente da Colômbia).


Entre as massagens, Express Relieve, com duração de 25 minutos (afinal, ninguém tem muito tempo a perder). Se bem que se entregar a um desses tratamentos não é perda de tempo... Para relaxar, há a Pure Relaxation, com duração de 50 ou 80 minutos. Ótima opção é a Deep Tissue, que, embora seja destinada ao corpo todo, pode ser concentrada em grupos musculares específicos, com pressão firme.

A massagem é perfeita para relaxar principalmente quando se chega ao hotel, pois já alivia a tensão da viagem e faz com que os dias de férias sejam realmente proveitosos. E, a sala onde é feita a massagem, tem uma linda vista para a praia. Ainda há serviço de manicure e pedicure, depilação, tratamentos faciais com intuito de rejuvenescimento, entre outros. Difícil mesmo é escolher e decidir sair do hotel para aproveitar o que Miami tem a oferecer!

The SPA 10.295, Collins Avenue, Bal Harbour, FL, tel.: (305) 455-5411

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Vizcaya Museum & Gardens


Miami não é feita apenas de compras e vida noturna. Há muita arte espalhada, seja no Art District ou até mesmo no museu, como é o Vizcaya Museum & Gardens, em Downtown. O local é uma ótima oportunidade para quem quer revisitar a arte decorativa que faz a mistura de arte barroca com Louis XV, que dá muito certo.

Construído pelo industrial da agricultura James Deering entre 1914 e 1916 para ser sua residência de inverno, o Vizcaya Museu & Jardins é formado pela casa principal, 10 acres de jardins e mata nativa.



A casa foi desenvolvida em estilo europeu adaptada ao clima subtropical do sul da Flórida. Quando Vizcaya estava sendo construída, nos anos 1920, a população de Miami era composta por cerca de 10 mil pessoas. Mais de mil estavam empregados no projeto. Boa parte da decoração (incluindo mobiliário, luminárias e portas) foi comprada pelo proprietário durante suas expedições pela Europa. É por isso que Vizcaya tem uma das mais finas coleções de arte decorativa europeia dos séculos 16 ao 19.

Deering morreu em 1925 e, em 1926, o furacão que devastou Miami estragou boa parte da casa. Em 1952, porém, ela passou por restauração e foi aberta para ser um museu. Ao todo, são dois pisos que podem ser visitados e cada um dos 34 ambientes possui explicações em inglês e espanhol. Os jardins combinam elementos da Renascença italiana e francesa. Destaque para a incrível vista para a Biscayne Bay, onde há pessoas remando caiaques e aproveitando o clima da cidade.

Para visitar, o ingresso custa 15 dólares, sendo que crianças de 6 a 12 anos pagam 6 dólares. A partir de 62 anos, o preço é 10 dólares.

Vizcaya Museum & Gardens 3.251 South Miami Avenue, Miami

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

W South Beach

South Beach: areias brancas e águas claras

Calor, praia, conforto, luxo e, claro, compras. Assim é Miami, destino que reúne lazer e descontração em outro ritmo. Ao mesmo tempo em que o local é indicado para quem quer descansar, é também perfeito para quem não quer parar um minuto. Se há 10 anos Miami era parada obrigatória para quem ia passar as férias na Walt Disney World, em Orlando, já que era em Miami que as compras aconteciam, hoje em dia muita coisa mudou. O local virou destino de luxo e ponto de partida para os cruzeiros pelo Mar do Caribe.

Localizado no coração de Miami Beach, o hotel W South Beach é o destino “pé na areia” perfeito para quem quer aproveitar o calor da cidade, já que a praia é bastante convidativa, tal como fazem os europeus que circulam por ali. Porém, se não quiser se esbaldar em suas areias claras e em suas águas azuis, o próprio hotel oferece diferentes tipos de diversão outdoor, opção preferida pelos norte-americanos que seguem para a Flórida, um dos estados mais quentes do país e, portanto, destino durante o inverno. Já os brasileiros preferem as duas opções: praia e piscina.

Além das espreguiçadeiras, é possível alugar as privates cabanas, como a WOW, que tem capacidade para 10 pessoas. Lá, sirva-se de saladas, petiscos e bebidas com a ajuda dos atendentes. Se não quiser ficar parado, pranchas de surfe estão à disposição dos hóspedes, assim como equipamentos de snorkeling. Há ainda fitness center, quadras de tênis e de basquete, a sensação entre os visitantes. A cidade também contribui, quando oferece o aluguel de bicicleta, no qual é possível pegá-la em um lugar e devolvê-la em outro, tal como acontece em Paris, por exemplo.

Fachada em diagonal com vista para a praia

Tesouro
Do lado de dentro, muito conforto e sofisticação. A porta de entrada do quarto lembra a de um cofre de banco. Isso porque, ao entrar, o visitante encontra o tesouro, localizado no fundo do ambiente e que pode ser avistado a partir dos grandes janelões: South Beach. Entre as acomodações, há diferentes opções de tamanho, começando com a suíte até chegar aos penthouses. Os preços das diárias variam de 459 a 8.500 dólares.

Aqui o brasileiro pode se sentir em casa. E o convite  é feito pela diretora de vendas e marketing, Meire Ramos, que é paulistana e vive por aqui há mais de 15 anos. Ela conta que seus conterrâneos gostam de frequentar  a cidade principalmente para fazer compras e mais de 10 milhões de dólares em apartamentos foram vendidos a eles.

Inaugurado em julho de 2009, o hotel-residência em Miami é a 31ª unidade da rede W Hotels Worldwide, que possui 41 hotéis nos mais vibrantes e exóticos destinos ao redor do mundo. Com mais de 12 anos de sucesso, a empresa quer chegar a 50 unidades no final de 2012. Para tanto, já foram anunciadas filiais em Paris, Xangai, Abu Dabi, Bancoc, Atenas e outros. Em Miami, são 408 unidades com vista para o mar, sendo que 336 pertencem ao hotel. Muitas das unidades que têm dono são de jogadores de basquete. Foram eles, aliás, que exigiram a academia com ótimos equipamentos e que os hóspedes podem usufruir.

A arquitetura tem assinatura de artistas renomados, incluindo o arquiteto Costas Kondylis em colaboração com a NBWW & Associates, Anna Busta do Studio B Design, a paisagista Paula Hayes e o fotógrafo Danny Clinch. Juntos, eles combinaram elementos de arquitetura orgânica com um design contemporâneo para criar um ambiente urbano que presta homenagem à art déco. Kondylis foi responsável por criar a fachada dinâmica, cujo design do prédio posiciona os quartos a um ângulo de 25 graus, deixando aos hóspedes vistas deslumbrantes do Oceano Atlântico.

Já o lobby, que aqui é chamado de W Living Room, ficou sob a batuta de Anna Busta, que caprichou nos elementos de art déco, incluindo pisos banhados a bronze e madeira com borda terrazzo, e uma linha de colunas de quartzo branco posta contra uma parede de mármore de 36 metros de comprimento. Ali perto está o W Living Room Bar, com vista para o deck da piscina e o jardim de luxo Grove. O Grove, aliás, tem inspiração nos jardins da região de Provence, na França, com seus caminhos sinuosos entre lírios do brejo e grama verde, lanternas do século 19, folhas suspensas por árvores de uva-da-praia e objetos dos anos 1920 garimpados em “mercados de pulga” franceses.

Grove: jardim inspirado na região de Provence


Além dos próprios norte-americanos e dos europeus, há brasileiros em grande quantidade, assim como o punhado de celebridade que vira e mexe passa por ali, como Leonardo Di Caprio, Cameron Diaz e o cantor Caetano Veloso, já que o W South Beach inspira hóspedes com seu design e arquitetura, assim como a valorização da arte, natureza, entretenimento, gastronomia e vida noturna. Para se ter uma ideia, o local conta com mais de 60 milhões de dólares em artes. Por seus corredores, por exemplo, estão duas telas originais, é claro, de Andy Warhol, fotografi as do acervo pessoal de Danny Clinch (com fotos de diferentes cantores em cada andar, de Missy Elliot a Elvis Costello, passando por Johnny Cash), obras de Richard Serra e Jean-Michel Basquiat.

Outra preocupação é com a trilha sonora que faz parte da atmosfera do W nos restaurantes, na piscina e até mesmo nos corredores. Nos quartos, um CD com direção musical de Michelangelo Laqua, que tem bom gosto e sabe combinar perfeitamente o luxo com o cool, fica à disposição para cada um aproveitar os momentos na suíte com o potente aparelho de som, que tem opção para música vinda de CD ou até mesmo do iPod.

De acordo com o gerente geral do hotel, George Cozonis, os hóspedes do W South Beach escolhem o local pelo estilo de vida, porque têm amor por música, moda, entretenimento, design. “O que torna este hotel especial é o seu acervo de arte”, conta Cozinis, que é grego, mas há muitos anos vive na cidade. “As pessoas vêm para cá em busca de diversão”, completa.

Para completar o conforto, está à disposição o inédito conceito Whatever/Whenever, serviço que busca disponibilizar o que o hóspede deseja 24 horas por dia, sete dias por semana, o conhecido 24/7. Para desfrutar do serviço, basta apertar uma tecla do telefone do quarto ou até mesmo baixar o aplicativo do hotel no iPhone, iPod Touch ou até o recém-lançado para iPad, e solicitar o que precisa, como comprar produtos do hotel, agendar o horário que o café será servido no quarto ou até mesmo solicitar algo que esteja faltando entre as amenities do banheiro, que são da marca Bliss, grife que possui um SPA no próprio hotel.

Gastronomia
Nas dependências do hotel, há opções gastronômicas de deixar o visitante cheio de dúvidas. Para quem quer aproveitar a badalação, o destino é o ultra-lounge Wall, novo destino da vida noturna em Miami, designado
para entreter celebridades e VIPs do anoitecer ao amanhecer. Projetado por Anna Busta, o bar é todo dourado e preto, possui um bar envernizado e teto de malha de cobre. As festas durante a semana são regadas a champanhe e recheadas de gente bonita. O hotel, aliás, é o que mais vende Perrier-Jouët, por exemplo. Para comer, há duas opções: Soleà, restaurante de culinária mediterrânea contemporânea, onde também é servido um delicioso café da manhã, com opções de bufê e à la carte, com pães, frutas, frios, geleias. À frente da cozinha está o chef Michael Gilligan, que criou menu com toque latino, como empanadas de foie gras e queijo de cabra, tiradito de vieira e lagostas sautée com xerez, tomates e estragão. Para  acompanhar, vinhos californianos. Além do salão, há um espaço ao ar livre com vista para o esplêndido jardim Grove, que tem tudo a ver com o clima de Miami.

É ali também que está localizado o festejado restaurante chinês Mr. Chow, cujas mesas são bastante disputadas pela nata da cidade e só funciona durante a noite. O local é famoso por ser o favorito das celebridades em Nova York, Las Vegas, Beverly Hills e Londres, cidade que recebeu a primeira unidade, aberta em 1967. A apresentação do próprio chef, quando os garçons anunciam o Show Time, fazendo o trocadilho com os nomes, é um grande acontecimento, pois o lobbydos os olhos se voltam para a entrada da cozinha, de onde sai o chef executivo Xiao Lei Shao e sua massa. Dali, vão surgir, como uma espécie de mágica, os seus famosos noodles.

Bal Harbour Shops: sofisticação na hora de comprar

As boas compras
Mas como ninguém é de ferro e as lojas estão à disposição dos turistas, o requinte que hoje em dia toma conta da cidade também está presente no centro de compras localizado a 15 minutos do hotel, seguindo pela Collins Avenue. Para chegar lá, o hóspede pode solicitar o carro do hotel ou esperar o ônibus do shopping, que passa para pegar em horários pré-definidos.

O Bal Harbour Shops reúne o conceito de tudo o que se ouve sobre luxo. As melhores grifes das maisons mais conhecidas do mundo, estão lá: Chanel, Dior, Gucci, Louis Vuitton, Lanvin, Carolina Herrera, D&G, Hermès, entre outras, em um total de 100 flagships,  incluindo as joalherias, Harry Winston, Van Cleef, Graff, Piaget e Chopard. Há ainda uma imensa Saks Fifth Avenue, com toda sorte de modelos da última moda, seja vestuário, cosméticos e acessórios nacionais e importados, como bolsas da brasileira Victor Hugo. Se quiser exclusividade, a loja oferece serviço de atendimento personalizado em uma sala à parte, na qual o cliente pode escolher, provar, tirar medidas para ajustes, sem ser incomodado. Outra vantagem é o atendimento, que pode ser feito em português, já que só no departamento de cosméticos há pelo menos cinco vendedores brasileiros. Uma mão na roda para tirar dúvidas e comparar produtos.

O shopping center, que serviu de inspiração para o sofisticado Shopping Cidade Jardim, em São Paulo, está ali desde 1965 e está localizado entre o Oceano Atlântico e a Biscayne Bay. O clima do sul da Flórida foi levado para dentro do mall, que é todo aberto e tem a natureza em volta. Os corredores são verdadeiros oásis verdes, cheios de plantas e com a tranquilidade que se quer ter na hora de fazer as compras e conhecer os últimos lançamentos. No início, muitos lojistas torceram o nariz para a quantidade de árvores, pois elas escondiam as placas dos estabelecimentos, mas atualmente é o seu diferencial. E a ideia sempre foi instalar ali butiques que até então só eram encontradas na Avenue des Champs-Elysées, em Paris, ou na 5th Avenue, em Nova York. A Saks Fifth Avenue, aliás, foi a segunda loja-âncora a se instalar no Bal Harbours Shops, em 1976.

Ainda no centro de compras, pausa para o almoço no Carpaccio, por exemplo, que tem uma gastronomia italiana irresistível. Além da entrada que leva o nome do restaurante em dezenas de variações, há saladas, massas, pizzas. Uma opção para jantar é o japonês Makoto, do chef Okuwa Makoto. Inaugurado em março deste ano (e do mesmo dono do Budakkan e do Marimoto, de Nova York), este é o restaurante do momento. No cardápio, há entradas como Spicy tuna crispy rice serrano, pratos principais quentes, como a mistura de bacalhau, com shitake, mini cenouras e molho oriental, sushis feitos em frente aos clientes e sete tipos de robatas deliciosas. Para beber, experimente drinques exclusivos, como a imbatível caipirosca de chá verde.E, antes de pedir a conta, experimente uma das sobremesas que os garçons adoram explicar quais são!

Depois de passear, aproveitar a vida noturna da cidade, provar deliciosos pratos e compartilhar momentos incríveis em um clima de descontração, além de fazer compras, hora de voltar para casa, mas com a certeza que, mesmo com o passar dos anos, o tempo fez bem a Miami!

Bal Harbour Shops 9.700 Collins Avenue, Miam i Beac h, Flórida, tel.: (305) 864-1801

W South Beach 2.201 Collins Avenue, Miami Beach, Flórida, tel.: (305) 938-3000

A jornalista Tatianna Babadobulos viajou para Miam i a convite do W South Beach e da American Airlines

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Bliss South Beach

Terraço é um convite ao relaxamento

Praia, compras, festas, badalação. Entre um programa e outro em Miami, que tal dar uma parada em um SPA a fim de revitalizar? O Bliss, localizado no hotel W South Beach, é um excelente convite para quem quer continuar na agitação da cidade e aproveitar cada momento.

O ambiente, que soma 650 metros quadrados, tem a música um pouco mais agitada (rhythm & blues) que a dos SPAs tradicionais e um grande jardim no terraço. E outro detalhe são os produtos utilizados, feitos à base de frutas cítricas, de modo que convidam o cliente a despertar. As amenities do próprio hotel, aliás, são da marca. Porém, além de poderem ser encontradas na lojinha do SPA, estão disponíveis em outros estabelecimentos, como na Sephora do Aventura Mall.

Espaço dedicado à manicure, um dos serviços do Bliss

Entre as massagens corporais, The deep tissue treatment é na medida certa: com um pouco mais de força, atemidos nozinhos, e dão aquele up no visual. Ainda há serviço de manicure e pedicure, depilação (inclusive a versão brasileira), sauna e tratamentos faciais. E não pense que são apenas as mulheres que procuram o SPA. Há um menu dedicado aos homens preocupados com o bem estar, que também lotam o horário da agenda dos profissionais que são, em sua maioria, latinos, tal como a terapeuta colombiana que cuidou da minha massagem.

Fundado em 1996, atualmente existem 16 unidades do Bliss no mundo, como em Nova York, Los Angeles, Washington, Londres, Hong Kong, entre outros, para atender, inclusive, os não hóspedes. Que tal?

Bliss South Beach 2.201, Collins Avenue, Miami Beach, FL, tel .: (877) 862-5477

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Refúgio Ecológico Caiman

Localizado no Pantanal, hotel oferece passeios de observação da
fauna e da flora, mas sem abrir mão do conforto

Confesso que, depois que resolvi visitar o Pantanal, a primeira coisa que pensei quando vi a programação foi desistir. Isso porque os passeios estavam previstos para acontecer a partir das sete horas da manhã e, para isso, seria necessário acordar às seis horas! Bom, devo assumir que, ultimamente, não tenho acordado muito cedo. Jornalistas trabalham até tarde, mesmo depois de saírem da redação. Mas arrumei a mala com roupas confortáveis, tênis, binóculo, máquina fotográfi ca, lanterna, além de uma dose extra de disposição, e parti.

O destino era Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul. Uma hora e meia de voo depois, com uma hora a menos no fuso horário, foi o momento de pegar a van contratada para seguir até o Refúgio Ecológico Caiman, localizado em Miranda, cidade a quase quatro horas dali.

A parte terrestre da viagem é chatinha, é verdade, inclusive porque tem um pedaço a ser percorrido em estrada de terra, mas, ao chegar ao hotel, acredite: é como o paraíso. Nesta época do ano, o Pantanal, local que recebe esse nome por estar localizado em uma região pantanosa, que alaga, é seco. Fazia dois meses que não chovia, mas a natureza é sábia: primeiro manda bastantechuva, época das cheias (de janeiro a março), para depois secar. Embora a paisagem seja bastante diferente, é uma época boa para se visitar a região, uma vez que é possível fazer todos os passeios programados na fazenda, como trilhas na mata, safári (inclusive para focagem noturna), passeio de cavalo, entre outras coisas.

Aqui desde 1985, a Estância Caiman, hoje Refúgio Ecológico Caiman (REC), possui 53 mil hectares. Mas aqui também estão a Pousada Caiman (operação de ecoturismo pioneira no Pantanal de Mato Grosso do Sul) e Programa de Conservação da Natureza, que além de parceiros com diversos projetos científicos.



O REC é formado por duas pousadas: Baiazinha e Cordilheira, a que o grupo com quem eu estava ficou. As operações são independentes e distantes, de modo que é possível nem se dar conta que há mais pessoas por ali. Da casa sede, onde funciona a loja e o escritório, até a Cordilheira, são cerca de meia hora com o ônibus adaptado oferecido aos visitantes. Isso porque ele é ideal para os passeios de observação da fauna e da flora.

O serviço é de primeira, com tudo incluso (exceto bebidas alcoólicas): café da manhã, almoço e jantar, frutas a qualquer hora do dia, além de água e refrigerante que ficam em frigobares. Por falar em comida, bom, esse é um capítulo à parte, já que a gastronomia é realmente tentadora. Além do tradicional churrasco e de comidas bem brasileiras, é possível provar, por exemplo, a sopa de piranha, uma iguaria que pode parecer estranha, mas bastante saborosa. Há ainda chipa para o café da manhã, composto também de iogurtes, frutas, pães e bolos. Uma tentação que acaba difi cultando a escolha.

A pousada, construída com tijolos e erguida sobre palafitas, está situada às margens de uma mata de cordilheira (daí o nome!). E ainda tem piscina, ar condicionado nos cinco quartos com banheiros privativos e amenities da Natura. Ah, o celular não pega por aqui, já que estamos na zona rural e não há antenas: um verdadeiro descanso da agitação! E nada de ficar vendo tevê no quarto, pois os aparelhos televisor e de DVD ficam na sala. Internet wi-fi , porém, é bem-vinda na casa toda.

Se o Pantanal é o local ideal para a criação de gado, já que está localizado em uma planície, o proprietário Roberto Klabin explica que foi pioneiro, em 1987, ao receber famílias e interpretava a natureza com guias bilíngues. “Foi uma mudança de paradigma eno modo de atuar no Pantanal. Com outras atividades, você atrai turistas. E foi nos anos 1990, com a novela Pantanal, que as pessoas descobriram o local.” Até então, a região era formada por fazendas de gado, mas desde que evoluiu para o turismo, ela foi valorizada.

Desde o ano passado, o REC passou a operar em modo de Private Villas. Funciona assim: com exceção da alta temporada, que vai de julho a setembro, o REC aluga as casas de modo privativo, ou seja, indo uma ou dez pessoas (limite da Cordilheira, por exemplo), o valor é o mesmo. É como se você pudesse ter sua própria casa no Pantanal, mas com o serviço de hotel cinco estrelas e guias especializados para montar a programação. De acordo com Klabin, foi necessária a mudança de conceito para que pudesse continuar com o negócio.

“O movimento era maravilhoso de julho a setembro, mas quando o Brasil começou a ficar caro para os estrangeiros, tive de mudar.” Isso porque há um grande fluxo de turistas principalmente ingleses, americanos e franceses. E isso pode ser claramente visto no guestbook da sala da Cordilheira. Os registros das crianças são realmente encantadores. “Em um primeiro momento foi horrível, mas este ano começou a dar resultado. Tenho uma equipe menor, multiuso e hoje ela está mais feita. Isso que dá alegria.” Klabin conta ainda que visita a fazenda mensalmente, mas não pensa em viver ali. “Sou pantaneiro de coração, não de permanência. O bom é poder vir descansar e depois voltar para a agitação de São Paulo”, completa.



Atividades
Nos quatro dias que passei no Pantanal tive uma verdadeira imersão de como a vida pantaneira funciona, assim como tive contato (mesmo que a partir do ônibus) com diversos animais. E tudo ficou mais empolgante quando percebemos a possibilidade de ver as onças que vivem por ali. Antes de sair de casa, o ritual: repelente (e muito!), protetor solar, binóculo, máquina fotográfica e canequinha para tomar água e evitar o uso de copos descartáveis que poluem o meio ambiente. A cada passeio, uma esperança. Mas no caminho de muitos passeios pudemos observar aves raras, araras azuis que andam aos pares, tuiuiús, tucanos, muitos jacarés, veados, porcos de várias espécies, famílias de capivaras, uma lista sem fim.

Fizemos a focagem noturna, de modo a observar os animais que têm hábito de caçar durante a noite e até um workshop de astronomia, quando vimos estrelas e até mesmo o planeta Saturno, com todos os seus anéis. O workshop é realizado em uma grande área, onde são colocadas confortáveis espreguiçadeiras. O visitante recebe ponchos quentinhos, uma vez que as manhãs e as noites no Pantanal são frias, podendo chegar a 10ºC, ao contrário das tardes, quando os termômetros podem atingir 30 ºC, e chocolate quente na canequinha.

Participei também de uma roda de Tereré, bebida típica da região: uma espécie de chimarrão, mas que no Pantanal é saboreado frio, em um chifre de boi. Uma delícia! Mas boas e engraçadas mesmo são as histórias do guia de campo! Para julho está programado o workshop de fotografia, no qual um fotógrafo profissional dá dicas de como obter a melhor fotografia, posição da luz, aproximação da vida selvagem, utilizando suas próprias câmeras.

No final da viagem, já tinha me acostumado a dormir cedo e a acordar juntamente com o sol e com os pássaros que vivem atrás da pousada. Triste foi não ter visto a tal onça, o que pode ser uma lenda pantaneira... ou não! Mas decidi que preciso voltar outras vezes para conferir!



Projetos ambientais
Criada em 2004, a Reserva Particular de Patrimônio Natural (RPPN), com 5,6 mil hectares, garante a proteção de diversas espécies. Com o objeti vo de desenvolver parcerias em prol da conservação do Pantanal, o REC abriga o Projeto Arara Azul e o Papagaio Verdadeiro, que visam acompanhar e monitorar a evolução destas espécies ameaçadas de extinção.

Sobre o Arara Azul, o proprietário Roberto Klabin afirma que, se o apoiasse, teria visibilidade e atrairia turistas. “Foi um modo que encontrei de ajudar e ver esse projeto crescendo.” O Projeto cuida da espécie cuja população cresceu de 1.500 indivíduos para seis mil, em 20 anos. A extinção acontece por tráfico de animais (como pôde ser visto, por exemplo, no longametragem de animação Rio); matança para transformar suas penas em artefato; de dois ovos, apenas um sobrevive; desmatamento da árvore Manduvi onde a arara faz ninho, que tem a madeira macia para ela beliscar, assim como da palmeira que oferece o fruto que elas se alimentam.

Klabin lembra que Pantanal é único bioma que está 100% intitulado familiar, ao contrário da Amazônia, cuja terra não tem dono. Ele conta que o Brasil perde sete mil quilômetros quadrados da Amazônia por ano. “Há 10 anos, perdíamos 29 mil. Estamos perdendo biodiversidade em grande velocidade e isso afeta nossa vida, pois é ação do homem.” Presidente do SOS Mata Atlântica há 20 anos, Klabin agora cria o SOS Pantanal, cuja equipe fará expedição em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul para saber sobre boas práticas e divulgá-las. À frente, estão Alessandro Menezes e a coordenadora executi va Lucila Egydio. “Será uma prosa orientada, baseada no tripé da sustentabilidade, que compreende as áreas ambiental, econômica e social”, completa Lucila. Menezes afirma que o foco também é mapear dados para valorar as pessoas e até interferir nas ações políticas.

Para acompanhar a expedição, os organizadores garantem que as ações serão publicadas no site: sospantanal.org.br.

Refúgio Ecológico Caiman Estância Caiman s/nº, Pantanal, Zona Rural, MS , tel.: (11) 3706-1800,

A jornalista Tatianna Babadobulos viajou para o Mato Grosso do Sul a convite do Refúgio Ecológico Caiman

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Por que Paris?


Place de la Concorde: um dos passeios recomendados
Muitas pessoas me perguntam por que gosto tanto de Paris, já que visitei a capital francesa algumas vezes e estou planejando ir novamente. E a resposta é: não sei. Daí as pessoas falam: "Vá conhecer outro lugar!" E eu digo: "Não quero. Quero ver Paris." A verdade é que quero rever a cidade para ter certeza que ela continua tal como a deixei, na última vez que fui embora.

Paris é daquelas cidades que, pra mim, são especiais mesmo sem motivo aparente. Ok, estou falando da Cidade Luz, da cidade mais visitada do mundo, e parece ridículo falar que não há motivo. Porém, cada vez mais que a visito, fico com mais vontade de voltar.

Gosto de andar ao redor do Sena, subir e descer incansavelmente a avenue des Champs-Élysées, rodar os museus, sentar em um banco qualquer no Jardin du Luxembourg, ou no Jardin des Tuileries, ou outro qualquer. Banco do metrô ou poltrona de um cinema qualquer, vendo qualquer filme.

Gosto de praticar o francês que aprendo aqui jogando conversa fora, tomar um café em um dos cafés com mesinha na calçada, comer macaron, olhar as pessoas passarem. Gosto de Paris porque, mesmo escolhendo comer mal, se come bem. Mas se escolher comer bem, então vai ter o melhor.

Gosto de tomar vinho barato, daqueles nacionais que vendem no supermercado, quando chego em casa. Gosto de sair sem destino e descobrir lugares incríveis. Paris é previsível, mas também reserva surpresas. Por isso é especial e convidativa.

Seja para ficar três dias ou trinta, sempre será pouco, mas suficiente para apaziguar a saudade, seja no verão, na primavera, no outono ou no inverno.

Ouça Ella Fitzgerald cantando "I Love Paris". E, se aceita sugestão, aqui há vários passeios para fazer em Paris. Para finalizar, sim, sou como Madeleine Peyroux: "J'ai deux amours, mon pays et Paris".


quinta-feira, 16 de junho de 2011

Miami além das compras

Hotel oferece luxo e conforto aos visitantes de Bal Harbour

Vista do banheiro é para a praia

Localizado em praia exclusiva, a 15 minutos de Miami Beach, rodeado de luxo e conforto. Assim é o One Bal Harbour Resort & SPA, que fica em Bal Harbour, um polo turístico, cultural e gastronômico. Ao todo, são dois quilômetros de praias de areias brancas e águas cristalinas, hotéis e restaurantes sofisticados.

No Brasil para apresentar o hotel, a diretora internacional de vendas Isabel Sarmiento-Muehlich, argentina que vive em Miami, comenta que a cidade mudou muito de 10 anos para cá. “Todos os hotéis têm de ser de luxo, porque é isso o que os turistas procuram”, enfatiza.

Cabana localizada na piscina do hotel: privacidade e conforto

Além dos hotéis e dos restaurantes, destaque para o Bal Harbour Shops, que abriga lojas top, como: Cartier, Lanvin, Chanel, Dior. “Estamos muito entusiasmados, porque os brasileiros estão interessados no mercado de luxo”, comenta.

A cidade oferece não aprogramas culturais, como concertos abertos ao público, sessões de cinema ao ar livre, maneira de atender as expectativas do cliente para que ele tenha uma experiência única.  

No One Bal Harbour Resort & SPA também é possível conseguir serviços exclusivos, como personal shopping, e ter o Dia da Noiva inesquecível. Isabel conta ainda que há muitos brasileiros visitando Miami como destino para descanso e, claro, compras, mas é também um destino de passagem, já que muitos cruzeiros pelo mar do Caribe partem dali. Opção pra lá de exclusiva para pessoas que não abrem mão do conforto e do luxo em suas viagens.

One Bal Harbour Resort & SPA 10.295, Collins Avenue, Bal Harbour, Miami, Florida, tel.: 1(305) 455-5400

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Stanley Kubrick

 Exposição itinerante que começou na Alemanha chega a Paris

Quem estiver em Paris até 31 de julho terá a oportunidade de ver a exposição dedicada ao diretor Stanley Kubrick, na Cinemateca Francesa. Autor de filmes como "Laranja Mecânica", "2001 – Uma Odisséia no Espaço" e "De Olhos Bem Fechados", entre outros, Kubrick também foi homenageado durante o Festival de Cannes neste ano, já que sete de seus filmes foram restaurados e projetados na ocasião.
Esta é a primeira vez que a Cinémathèque Française abriga uma exposição itinerante que não foi iniciada pela própria equipe, mas sim por outras instituições.
Isso porque a mostra pertence ao Deutsches Filmmuseum de Frankfurt, na Alemanha, e à Hans-Peter Reichmann, seu comissário, que desde 2004 organizou a exposição com Christiane Kubrick, Jan Harlan e Stanley Kubrick Archive, em Londres. Desde então, a exposição passou por diversas cidades, como Berlim, Zurique, Roma e Melbourne. 

Cena de "2001 - Uma Odisséia no Espaço"
Na ocasião, o visitante pode acompanhar roteiros, cartas, documentos de pesquisas, fotos de turnês, roupas e acessórios em encenação cronológica, de modo que pode conferir a evolução da obra de um dos grandes mestres da sétima arte: de seus primeiros curtas-metragens ao seu último filme De Olhos Bem Fechados, com Tom Cruise e Nicole Kidman, passando por seus filmes históricos, como O Iluminado, estrelado por Jack Nicholson. Há ainda uma retrospectiva de filmes de Kubrick, livros, números especiais de revistas que fizeram referência ao diretor.

A mostra está no quinto e no sétimo andares da Cinématèque, ocupando um total de mil metros quadrados. A cinemateca está fechada às terças-feiras, mas a exposição pode ser visitada de segunda a sexta, das 12h às 19h, sendo que às quintas fica aberta até às 22h. O ingresso custa 10 euros.

Cinémathèque Française Rue de Bercy, 51, 75012, Paris, te l.: 01 71 19 33 33

segunda-feira, 23 de maio de 2011

CasaSur

Opção para jantar em um local aconchegante
e discreto, no coração da Recoleta

Que tal jantar em um ambiente rodeado por obras de artes e localizado no melhor bairro de Buenos Aires? A dica é o Croque Madame, restaurante do CasaSur Art Hotel Recoleta, hotel boutique cinco estrelas, que oferece exposições artísticas e novidades gastronômicas. A localização é privilegiada: um dos bairros portenhos mais requintados e tradicionais, além de ser cercado por livrarias, museus, cafés.

À mesa, o restaurante oferece delícias tentadoras, além de ambiente requintado e discreto. Para começar, que tal o Croque, espécie de sanduíche francês recheado com presunto e um creme à base de ovo, queijo e creme de leite? Destaque também para o Pudim de laranja com sementes de papoula servido no chá das cinco. Há ainda diversas opções quando o assunto são vinhos argentinos, claro, e doces, como o Mil folhas do tradicional dulce de leche. Uma tentação!

CasaSur Art Hot el Recoleta Avenida Callao, 1.823, Buenos Aires, Argentina, tel.: (54) (11) 4515-0085,

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Atenas - Grécia


Atenas é, ao mesmo tempo, uma das mais antigas cidades do mundo e uma das mais modernas da Europa. Um dos marcos para essa percepção foi a Olimpíada de 2004, que fez com que a capital da Grécia se modernizasse para receber os turistas. O evento também foi responsável pela contração de uma grande dívida externa, cujos reflexos atrapalham sua economia até hoje.


Entre as benfeitorias, o governo construiu um novo aeroporto internacional, o Elefthérios Venizélos, em 2001, além de prédios e estádios com uma arquitetura moderna de dar inveja a qualquer outra cidade europeia. As placas de sinalização ganharam inscrições no alfabeto ocidental, justamente para agradar os visitantes. E nem precisava se esforçar tanto!


O destino é um dos mais desejados pelos viajantes do mundo inteiro. Contam pontos sua história, mas também suas belezas naturais (como suas ilhas e praias) e sua imponente arquitetura. Outra razão que desperta a curiosidade dos turistas em relação à Grécia é a sua mitologia, bastante valorizada e estudada na escola. Ou seja: mais um motivo para se ter certeza que a história da Grécia não diz apenas respeito aos gregos, mas também a várias outras nacionalidades, uma vez que muitas situações que hoje vivemos e estudamos tiveram origem naquele país.


A herança está ainda no idioma, já que muitas palavras em português, por exemplo, se derivam do grego (lembra daquela clássica cena no filme “Casamento Grego”, de Nia Vardalos, no qual o pai da moça tenta provar a teoria?).


Além das ilhas gregas, que são visitadas por pessoas que chegam de avião ou a bordo de algum cruzeiro pelo mar Mediterrâneo, é a capital um dos destinos favoritos. Ao chegar, se o turista não passar pelo centro onde estão os monumentos históricos, não terá ideia que está no berço da civilização ocidental. No entanto, quando for aos locais mais antigos, que datam de mais de 800 anos antes de Cristo, o visitante terá certeza de que Atenas é um verdadeiro museu a céu aberto.


Para conhecer um pouco da vida no país, por exemplo, uma dica é a exposição permanente no Museu da Acrópole, inaugurado em novo prédio no final de 2009. Também são obrigatórios passeios por Plaka, local onde viveram pessoas séculos antes de Cristo, além de mesclar com os costumes gregos atuais. E, uma vez na Acrópole (que significa Cidade Alta), visite o Parthenon, o teatro de Dionísio, o templo da deusa Atenas (da sabedoria), da deusa Nike (da vitória), entre tantas outras coisas. É também em Atenas que se encontra o antigo estádio Kalimarmaro, o primeiro a receber os jogos Olímpicos da Antiguidade.


Principalmente por conta da crise econômica mundial que a Grécia atravessa, alguns bairros da capital se tornaram perigosos para os turistas. Não serão vistos ladrões armados rendendo viajantes, ou invasões do Bope local, mas é sempre bom tomar cuidado por onde anda e o que carrega, especialmente durante a noite.


Por falar em noite, no verão europeu o sol permanece até pelo menos às 21h. Mas não se acanhe caso veja lojas fechadas entre 15h e 18h. Isso porque trata-se da sesta, tal como acontece na Espanha, quando boa parte do país para a fim de descansar. E acredite: você também vai querer fazer aquela pausa, uma vez que após o almoço sempre vem a “leseira”, salientada pelo calor. Assim, evite bater perna durante o sol mais forte do dia e hidrate-se. 

Informações e serviço 

Site de turismo da Grécia - www.visitgreece.gr






Informações Turísticas - No Athens Info Point, que fica na praça Syntagma, no centro de Atenas, é possível encontrar folders com informações sobre os pontos turísticos, onde jantar, vida noturna, viagens de um dia, compras, além de mapas com o que está “fervendo” no período da sua visita. Lá também há suvenires inspirados na história da cidade. O local funciona no número 1 da Karageorgi Servias Street, Syntagma Square (perto do metrô Syntagma, linhas 2 e 3), de segunda a sexta-feira, das 9h às 21h, e, aos sábados, das 9h às 20h.


Embaixada do Brasil – Em Atenas, Platia Philikis Eterias, 14, 3º andar, Kolonaki, tel.: (210) 721-3039 ou 723-4450.


Código de acesso – 30


Moeda – Euro (€)


Idiomas – Grego e os mais jovens também falam inglês.


Fuso horário – GMT +2h (varia de quatro a seis horas em relação ao Brasil, dependendo da época do ano).


Horário comercial – Os bancos funcionam das 8h às 14h, de segunda a quinta. Às sextas, fecham às 13h30, e não abrem aos sábados, domingos e feriados. As lojas têm horários diferenciados: abrem às segundas, quartas e sábados, das 9h às 15h; às terças e quintas, das 9h às 20h. Nos locais turísticos, porém, muitas funcionam das 9h às 22h. Já os departamentos governamentais funcionam de segunda a sexta, das 8h às 15h.


Clima – O clima na Grécia é mediterrâneo, ou seja: verão quente e seco e invernos amenos. É, portanto, perfeito para quem aprecia o sol e o calor, principalmente durante o verão europeu, que vai de junho a setembro. O inverno, porém, é frio chuvoso e as temperaturas costumam cair, principalmente no norte do país. No verão, os dias são longos e secos, com temperaturas que chegam facilmente aos 37°C. A neve cobre as montanhas, mas, entre julho e agosto, o termômetro marca 40°C.


Gorjetas - Nos restaurantes, o serviço geralmente é incluído na conta, mas sempre é bom deixar um trocado se o serviço tiver sido bom. Os motoristas de táxi esperam que você deixe um trocado também, assim como as pessoas que o ajudam a carregar a mala no hotel ou às cabines dos cruzeiros. Normalmente, deixam de 1 a 3 euros.


Documentos – Aos brasileiros não são exigidos vistos para estadas até 90 dias, assim como acontece nos demais países que fazem parte da União Européia. Bastam passaporte válido por no mínimo seis meses e o seguro viagem (Certificado de Schengen) de 30 mil euros.


Idioma - Não é à toa que perguntamos a uma pessoa se ela está falando grego quando não entendemos o que quer dizer. O idioma é realmente muito complicado. Na Grécia, o equivalente é o chinês... Aliás, não apenas oralmente, mas também na forma escrita, ainda que existam placas no formato do nosso alfabeto. Embora o inglês seja falado por quase todos os gregos (principalmente os mais jovens), conheça algumas pronúncias de palavras básicas:


Kalimera: bom dia

Kalispera: boa tarde

Kalinikita: boa noite

Yasso: oi

Ti kanis: tudo bem?

Pinao: estou com fome

Dipsao: estou com sede

Poli oreo: muito bonito

Efharisto: obrigado

Signomi: desculpa

Nero: água

Ton logarismo: a conta

Se parakalo: por favor

Ne: sim

Ohi: não

Souvenires em Plaka: camisetas de presente
em local que lembra a 25 de Março, em São Paulo

Em Atenas, é possível encontrar presentes para todo mundo e, pode ter certeza, ninguém vai falar que recebeu um “presente de grego”, em referência ao cavalo dado pelos gregos aos troianos, durante a guerra de Troia. A expressão é usada quando se quer dizer que não gostou do que ganhou. A não ser, é claro, que essa seja a sua intenção...


Em 2001, a Grécia trocou o dracma pelo euro. Ainda que seja uma moeda forte em relação ao nosso real, os preços praticados na Grécia, principalmente em Atenas, são mais baixos que em outros países que utilizam a mesma moeda. Para se ter uma ideia, uma garrafinha de água mineral custa 3 euros em Paris e, em Atenas, sai por 1 euro. E, acredite, você vai precisar de muitas delas durante o verão.


Para comprar, Plaka é um dos passeios obrigatórios, exceto pelos maus vendedores. Isso porque vira e mexe eles não recepcionam bem quem entra em suas lojas - preferem continuar conversando ao telefone, batendo papo com o vizinho e assim por diante.


Próximo à Acrópole, o bairro reúne, em suas ruas estreitas, um sem-número de lojinhas grudadas umas às outras nas quais os gregos comercializam toda sorte de suvenires. Trata-se, portanto, de praticamente uma Rua 25 de Março, tal como a que existe em São Paulo, em plena Europa.


Entre as lembranças perfeitas para comprar, que tal o olho grego (que, segundo a crença, afasta o mau olhado) impresso em chaveiro, pingente, pulseira? Há também objetos feitos de gesso, tais como pratos pintados com motivos da mitologia, castiçais, jarras, quadros etc., além de bonés, camisetas. Há também diversas lojas que vendem ouro e prata a preços, digamos, bem baixos. Procure também peças tipicamente gregas que têm o barrado que significa prosperidade, vida longa e assim por diante. Não deixe, porém, de pechinchar, pois sempre é possível pagar menos.


No lugar onde funcionou a sala de imprensa durante a Olimpíada de 2004 está um belo shopping center, o Golden Hall, eleito o melhor da Europa. Instalado no número 37 da Kifisias Avenue, em Marousi, o centro de compras tem 41 mil metros quadrados, três andares e um total de 131 lojas de grifes nacionais e internacionais, incluindo a francesa Sephora, a inglesa Accessorize e outras como Diesel, DKNY Jeans, Guess, GAP, Lacoste, Marc by Marc Jacobs, Furla, Longchamp. A lista é longa também de cafés e restaurantes espalhados por seus corredores.


Outro shopping na mesma rua é o Avenue, que fica no número 41-45. Uma das lojas âncoras é o Carrefour, provando que a “moda” do supermercado ser instalado dentro de shopping center não é coisa nossa.

Souvlaki: o famoso churrasquinho grego



Não tem como não comer bem na Grécia, já que a comida grega é saborosa e farta. Em Plaka, há ótimos restaurantes típicos e, principalmente, jantares típicos. Não vá, porém, pensando que eles vão sair quebrando pratos, uma prática atualmente proibida. No lugar, eles jogam flores como forma de afastar os maus espíritos, segundo diz a antiga lenda, ou até mesmo para mostrar o desapego a coisas materiais.


Mas voltando às iguarias... Como entrada, não abra mão do pão árabe, que eles chamam de pita, com tzatziki, um patê preparado com iogurte, alho, cebola e bastante azeite. A salada grega, ou horiatiki, leva pepino, tomate, queijo feta (feito com leite coalhado de cabra e ovelha), cebola roxa, azeitona e, claro, muito azeite. Ainda como entrada, há as keftedes, que são bolinhas de carne.


Para beber, boa pedida é o frappé: café grego (bem forte) gelado. Pode ser me galla ou horis galla, ou seja, com ou sem leite. Uma dica de onde tomar é o Flocafé, uma espécie de Starbucks que está espalhado por toda a cidade. Se preferir cerveja, prove a grega Mythos, ou peça o vinho da casa, que além de ser o mais barato, é delicioso. Isso porque muitos estabelecimentos possuem videiras em seus quintais e fabricam seu próprio vinho.


Como prato principal, moussaka (lasanha com berinjela), pastitio (macarrão ao forno) e toda sorte de frutos do mar: lagosta, lula, polvo, peixes. Se preferir o “fast food” grego, o souvlaki é o famoso churrasquinho grego, que pode ser de carne de porco ou frango, servido no espeto. Já o gyros pita é o churrasco grego servido no pão pita em forma de cone, e ainda leva tzatziki, tomate, cebola e batatas-fritas - nem pense em recusar!


Outra dica de restaurante é o GB Roof Garden, no terraço do hotel Grande Bretagne. Só a vista do alto da cidade, especialmente a voltada para a Acrópole, já vale o preço, mas ainda tem um delicioso menu inspirado na gastronomia mediterrânea. O restaurante também serve café da manhã no estilo americano e almoço.

Fachada do novo museu da Acrópole,
inaugurado no final de 2009

O Museu da Acrópole foi inaugurado em um novo local no final de 2009. Na entrada, que tem o chão de vidro, dá para ver que embaixo do prédio erguido há ruínas de uma cidade pré-histórica. É lá onde estão as esculturas do Parthenon e outras descobertas de escavações.

Uma vez no museu, preste atenção ao vídeo que conta a história do próprio Parthenon. A reconstituição dá conta que até bem pouco tempo atrás, por volta de 1600 da Era Cristã, o monumento era do jeito e da forma como fora concebido, no ano 800 a.C. No entanto, as constantes invasões persas e turcas destruíram o local.

O interior das estações de metrô também pode ser considerado um museu. Isso porque, à medida que aconteciam as escavações, o que foi encontrado da Antiguidade foi deixado para exibição.
Nem só das ilhas vive a Grécia. Atenas também
possui praias que podem ser aproveitadas



Praias - Nem só das ilhas vive a Grécia. Atenas também possui praias que podem ser aproveitadas. Algumas delas, aliás, são pagas e custam a partir de 12 euros por pessoa, mas pode chegar a 30 euros. Pelo valor, é oferecido ao cliente espreguiçadeira e guarda-sol, além de completa segurança. No entanto, por valores mais altos pode-se encontrar até banheiro com chuveiro, sabonete, xampu etc.

Monte Likavittos – Tem 277 metros de altura e é o ponto mais alto da cidade de Atenas. Para chegar lá, é possível ir a pé ou de funicular, tal como o usado para subir à basílica do Sacré-Coeur de Montmartre, em Paris. O pôr-do-sol visto do alto é um dos mais encantadores.
Sounio é o local de onde Teseu partiu para
matar o minotauro, segundo a mitologia

Sounio - Diz a lenda que, quando Egeu era o rei, eram enviados todos os anos sete homens e sete mulheres para serem devorados pelo Minotauro (aberração da Mitologia metade homem, metade touro). No terceiro ano, porém, Teseu, filho de Egeu, resolveu se infiltrar entre os rapazes a fim de matar o Minotauro.

Antes de partir para Creta, Teseu combinou com o seu pai que seu navio iria com as bandeiras pretas, mas as trocaria pelas brancas, caso conseguisse atingir seu objetivo. Na volta, com todos a bordo, incluindo a moça por quem Teseu havia se apaixonado, Ariadne (filha de Minos, rei de Creta), ele se esqueceu de trocar as bandeiras.

A partir de Sounio, Egeu avistou o navio e achou que seu filho não tivesse conseguido matar o inimigo. Sendo assim, se jogou no mar e se afogou. A partir de então, foi o seu nome que passou a batizar um dos mares que banham a Grécia: Egeu.

Uma vez no local, visite o templo de Pôsseidon, construído no ano 440 a.C. (e destruído pelos persas 40 anos depois) no estilo dórico. E não saia sem admirar a vista de todos os lados: a cor do mar é incrível.

Para chegar lá, saia de Thission, no centro de Atenas, e pegue o ônibus da linha verde, que parte a cada meia hora rumo a Sounio.

Sítio Arqueológico de Olímpia, cidade que
chegou a sediar os primeiros Jogos Olímpicos

Olímpia – A 360 quilômetros do aeroporto internacional de Atenas, Olímpia é o local onde aconteceram os primeiros Jogos Olímpicos, em 776 a.C. A cidade é um verdadeiro museu a céu aberto. Aliás, há o aberto e o fechado, que expõe peças recolhidas na própria cidade.

O Museu Arqueológico de Olímpia foi aberto para a Olimpíada de Atenas, em 2004. Lá, é possível conhecer a história dos jogos, em ordem cronológica, desde a pré-história até o início da Era Cristã. Há troféus de louros, estátuas de mármore, coleções de bronze e de terracota e toda sorte de objetos que fizeram parte das olimpíadas de todos os tempos.

No Sítio Arqueológico, que fica do outro lado do rio, o passeio no meio das ruínas é ao longo do ginásio, que ainda não foi descoberto em sua totalidade. O Templo de Zeus é a mais importante construção e é considerado por muitos como o mais perfeito exemplo da arquitetura dórica. Atualmente, apenas uma coluna foi reconstituída e restaurada para ficar totalmente pronta para a Olimpíada de Atenas.

A partir de Atenas, é possível ir para Olímpia de trem, que viaja pela rota Atenas-Patras-Pyrgos e deve ser tomado na Stathmos Peloponnisou (estação Peloponeso). Para tanto, tome a linha C para a cidade de Pyrgos, que fica a 17 quilômetros de Olímpia. Informações: 30 (210) 513-1601. Se preferir ir de ônibus, os terminais ficam no número 100 da rua Kifissou (também chamada de Stathmos Kifissou). Lá, peça um tíquete para Olímpia (em grego, Arxaia Olympia). Informações: 30 (210) 513-4110.

Canal de Corinto
Corinto - A uma hora de Atenas, o Canal de Corinto tem pouco mais de seis quilômetros de comprimento e liga o golfo de mesmo nome ao mar Egeu, tornando o Peloponeso uma ilha. A construção foi feita para facilitar a navegação, pois as embarcações não precisam dar uma volta imensa de 400 quilômetros. Embora sua escavação tenha começado no século 1, quando o imperador romano Nero ordenou, o projeto só foi concluído em 1893.

Ainda que sejam realizados passeios de barco turísticos no Canal, a vista do alto, ou seja, da própria estrada, já vale a pena, principalmente por conta do azul turquesa do mar. Aos aventureiros radicais, uma dica: no Canal de Corinto são realizados saltos de bungee jump.
 




Acrópole – É na cidade alta, local onde ocorriam as cerimônias religiosas, que estão os principais monumentos que retratam a Grécia antiga. No seu sopé fica o mercado Ágora, local onde as pessoas comercializavam produtos e se encontravam para discutir política e conversar. Entre as personalidades sempre presentes, estavam Sócrates, Platão, Aristóteles, Péricles... Por ali, repare no bosque de oliveiras, uma verdadeira instituição grega. É principalmente por conta da existência delas que a azeitona e o azeite fazem parte de quase todos os pratos gregos.

Em ruínas, o Parthenon está descoberto e, há
um tempo, é possível ver guindastes no local
Parthenon – O monumento atual foi construído sobre as ruínas do anterior, destruído pelos persas. O templo foi concebido pelos arquitetos Ictinos e Calícates, bem como pelo artista e escultor Fídias, com supervisão de Péricles. Em ruínas, o Parthenon está descoberto (sem teto) e, desde muito tempo, é possível ver guindastes trabalhando no local. Ainda que não se possa entrar no templo, lá havia uma estátua da deusa Atena feita de marfim e ouro.

Boa parte das peças que restaram está exposta no British Museum, em Londres. Isso porque Elgin, um diplomata inglês, as levou para a Inglaterra quando a Grécia estava sob o domínio turco.

A homenagem a deusa Atena se deu após uma disputa entre ela e Pôsseidon, cuja finalidade era descobrir quem seria o patrono da cidade. Para tanto, eles deveriam fazer algum tipo de “mágica”. Com seu tridente, Pôsseidon fez brotar uma fonte na encosta da Acrópole, mas de água salgada. Já Atena fez crescer a oliveira, árvore de grande importância aos gregos, pois oferece azeitona, azeite, remédio etc. Pôsseidon, portanto, ganhou um templo em sua homenagem próximo ao mar, localizado em Sounio.

Ainda na Acrópole está o teatro de Dionísio, mas dele pouca coisa restou. Era lá que Sófocles, Ésquilo, Eurípedes e outros dramaturgos encenavam as suas peças em honra ao deus do vinho. Mas é ao lado, no teatro de Heródes, o local onde até hoje são realizados festivais de música e teatro durante os meses de verão.

O templo de Atena Nike, que fica na entrada, foi construído com colunas jônicas (bastante usadas em templos dedicados a divindades femininas) e foi erguido em memória da vitória dos gregos contra a invasão persa.




Mikrolimano, que quer dizer micro lago ou micro baía, é a região do porto onde estão localizados alguns restaurantes – justamente em volta de uma baía. O local já foi chamado de Turkolimano durante a época em que os turcos dominavam a Grécia. Para acabar com o resquício, o nome foi alterado.

Para chegar lá, a referência é o porto de Piraeus. Com a paisagem incrível voltada para o mar, além de luxuosos iates, não tem como se arrepender.

Outro bairro que é bastante movimentado durante as noites de verão é Kefalari, localizado ao norte de Kifíssia. Além de bares e restaurantes, há lojas de várias grifes europeias, algo comparável aos Jardins, em São Paulo, ou a Ipanema, no Rio de Janeiro.

Durante o verão, o "quente" mesmo são as festas que rolam nas boates, principalmente à beira-mar. No entanto, é preciso ver com antecedência ou conhecer alguém. Sim, aqui também funciona como nos grandes centros a famosa listinha VIP. 


De São Paulo para Atenas, na Grécia, não há voos diretos para o Aeroporto Internacional Elefthérios Venizélos. Normalmente eles fazem conexão na Alemanha, França, Itália, Inglaterra, Holanda, dependendo da companhia aérea. O trajeto até Paris, pela Air France, por exemplo, demora 11 horas e mais três até Atenas (sem contar o intervalo entre os voos e o fuso horário).

Além da companhia francesa, também voam para a Europa: Air Canada, Alitália, British Airways, Ibéria, KLM, Lufthansa. Uma vez na Europa, há outras opções, como: Easy Jet, Emirates, Olympic Air, Qatar, SAS, entre outras.

Se sua primeira parada no país for Atenas, o melhor é pegar o metrô no aeroporto e seguir para o centro da cidade, já que o táxi pode sair caro, uma vez que o trajeto demora mais de 30 minutos por conta do trânsito. No caso de ir para outras cidades, convém alugar um carro lá mesmo. No site do aeroporto há todas as informações, incluindo mapas para facilitar a vida do turista.

No aeroporto, uma dica: para usar os carrinhos de malas, é necessário pagar com moeda de um euro. Portanto, caso tenha trocado, lembre-se de deixar especialmente reservado para esse fim.



Para se locomover em Atenas, você pode utilizar táxi, metrô ou até mesmo alugar um carro – meio de transporte ideal para quem vai para cidades próximas à capital. No entanto, saiba que os gregos ao volante são desesperadores: eles correm demais e são imprudentes quando o assunto é segurança. Será fácil, portanto, ver motociclistas dirigindo entre as faixas e sem portar capacete. Por isso, deixe o carro como última opção.



Quando ir

A melhor época para visitar a Grécia é de junho a setembro, período do verão europeu. No entanto, a alta temporada começa na segunda quinzena de julho, momento em que o calor aumenta e, claro, os preços também. Por falar em calor, Atenas bate facilmente os 40ºC já no início de julho. Além de os termômetros subirem com facilidade, o ar seco e a falta de vento aumentam sensação de calor. O mesmo, porém, não acontece nas ilhas, pois a brisa marinha contribui para aliviar o sol forte.

No inverno, as temperaturas caem bastante, mas não chega a nevar (a não ser nas regiões montanhosas), principalmente porque Atenas está mais próxima do Equador do que outras capitais europeias, como Paris, Londres, Berlim etc. No entanto, apesar de ser mais fresco fora da temporada de verão, muitos estabelecimentos deixam de funcionar, uma vez que há muito comércio e serviço sazonal, voltado para a estação.

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(Matéria e fotos foram publicadas originalmente no UOL.)