Paris pode ser muito mais que a Torre Eiffel |
Melhor do que ir a Paris, é voltar a Paris. Isso porque, na primeira vez, tem-se a obrigação de fazer alguns passeios, conhecer o trivial. Mas ver tudo na estreia é impossível, até porque a cidade oferece diversas opções de cultura e entretenimento que quatro dias, uma semana, não são suficientes. Portanto, voltar a Paris é ter novamente a oportunidade de continuar de onde se parou, de rever os melhores momentos e de explorar tantos outros.
Pont Alexander III: uma das mais belas sobre o Sena |
Então, nada de Torre Eiffel, Arco do Triunfo, Museu do Louvre. Quando se volta a Paris, é a oportunidade de visitar cafés e restaurantes da moda, fazer compras, passear, passear, passear. E, quando quiser dar uma parada para descansar, ou simplesmente fazer nada, caminhe à margem do Rio Sena, contemple suas pontes (a Alexandre III é linda!, a des Arts é mítica), escolha um dos lindos parques e jardins, acomode-se em um dos bancos do Jardin des Tuileries, do Jardin du Louxembourg, da Place des Vosges e veja a vida passar lentamente.
Sair sem destino. Essa é uma das boas pedidas na capital francesa. Escolha um arrondissement e vá caminhando. Por ser uma cidade plana (com exceção da região de Montmartre), Paris convida o visitante a andar. E, assim, é possível descobrir novidades sempre, principalmente no quesito bistrôs e cafés. Não se limite aos mais conhecidos (passe longe do Starbucks Coffee, esse tem aqui!), pare, entre, conheça as novidades, experimente as baguetes durante um almoço rápido, coma um macaron de framboesa ou de chocolate como sobremesa, abuse do vinho nacional.
Le Saut du Loup: restaurante no Musée des Arts Décoratifs |
Foi assim, aliás, que conheci o restaurante Le Saut du Loup, que fica no Musée des Arts Décoratifs, próximo ao Musée du Louvre. Das mesas na varanda tem-se a visão, de um lado, da pirâmide do museu mais famoso do mundo; do outro, a Torre Eiffel. E, se for no verão, quando o sol se põe por volta das 22h, o visual no horizonte é incrível! Para beber, o local oferece uma extensa carta de vinhos, inclusive champagnes. Para comer, Salmão ao molho pesto e tagliatelle, Costeleta de vitela ao parmesão e purê de batatas, Pernil de cordeiro assado com ervas e legumes.
Ainda no quesito gourmet, caso prefira um mais convencional, ou seja, um típico restaurante francês, a Brasserie Lutetia, localizada no Hôtel Lutetia (que fica na Rive Gauche e completa 100 anos), é descontraído e perfeito para um almoço. Só não se esqueça de fazer a reserva, ou você pode chegar e ficar apenas olhando os outros se esbaldarem.
Les Ambassadeurs: com autêntico serviço à francesa |
Agora, se você é do tipo que prefere compartilhar um belo jantar ao lado da aristocracia francesa (ok, há muitos turistas lá também!), sua opção pode ser o Les Ambassadeurs, no Hôtel de Crillon (próximo à Place de la Concorde), que foi reinaugurado recentemente. Ocupando o antigo salão de baile do hotel, o restaurante oferece uma gastronomia reconhecida como uma das melhores da capital francesa. O lugar impressiona por sua grandiosidade e pompa, mas também por sua decoração estilo Luis XV, e concebida à época pelo arquiteto Jacques-Anges Gabriel: marchetaria com seis diferentes tipos de mármore e imponentes lustres de cristal. A carte traz pratos com coelho, foie gras, lagosta, caviar, sempre leves e saborosos, no melhor estilo francês. Na parte de vinhos, há brancos, tintos e champagne, todos nacionais, é claro.
Moderno
A tal globalização, aliás, trouxe um quê de modernismo, ainda que os parisienses não gostem tanto dessas inovações. No metrô, onde era possível ver os passageiros lendo seus livros ou o noticiário gratuito que lá é distribuído entre uma viagem e outra, hoje em dia a maioria fica de olho em seus celulares, já que existe sinal, trocando mensagens, jogando, fotografando.
Outra prova é a presença maciça da Apple – um ícone tipicamente americano. Já são duas lojas na capital francesa: uma no Carrousel du Louvre e outra próxima ao metrô Opéra, que foi inaugurada recentemente.
Ver filas enormes na porta dos museus (principalmente no primeiro domingo de cada mês, quando a entrada é gratuita), ou até mesmo na porta da Chanel ou da Louis Vuitton vá lá, mas nunca imaginei que ela se formaria na Apple, quando chegou o iPhone 4 no país, em junho. Ali, presenciei turistas e moradores que dividiam a ansiedade em conseguir nem que fosse tocar no aparelho criado pela empresa de Steve Jobs.
Quem já tem o aparelho, mesmo que seja versões anteriores, ou até mesmo o iPod Touch, pode se valer de um poderoso aplicativo, o Metro Paris Subway, que inclui os mapas oficiais do metrô e de trens, além de oferecer uma precisa localização das ruas com ajuda do Google Maps.
Para conseguir conexão sem fio (wi-fi), aliás, a Mairie de Paris (prefeitura) disponibiliza diversos pontos: ao todo, são 400 locais, nos 20 arrondissements parisienses: em jardins, bibliotecas, museus. Cada um tem duas horas gratuitas por dia e, para saber onde encontrar, este mapa oferece as localizações. Boa viagem!
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