Vista voltada para a Torre Eiffel |
Para comemorar seu centenário, o luxuoso hotel Lutetia, em Paris, está tendo e ainda terá um ano cheio de festividades. Entre as comemorações, lançamento do livro ilustrado com fotos antigas que dão conta de apresentar a história do empreendimento que se confunde com a própria cidade (e o país, uma vez que o Lutetia passou por duas grandes guerras), selo de colecionador, champagne Taittinger personalizado (50% de Chardonnay e 50% de Pinot Noir), perfume d’Empire (com notas de vanila de Madagascar e patchouli da Índia). Na parte de gastronomia, os Menus Centenaires são preparados especialmente para a ocasião pelo chef Philippe Renard nos restaurantes Paris e Brasserie Lutetia.
Marilyn Monroe foi retratada por Vik Muniz |
Neste centenário, o Lutetia, que tem o mesmo nome com o qual Paris foi batizada pelos celtas, seus primeiros habitantes, faz também uma homenagem a quatro artistas, incluindo o brasileiro e habitué Vik Muniz. Isso porque uma das suítes, que representa a América do Sul, é dedicada a ele e, portanto, é enfeitada com fotos de suas obras. Entre os destaques, Brigitte Bardot em diamantes, da série Diamond Divas; Marilyn Monroe de chocolate, vendida em leilão da Sotheby’s por mais de R$ 500 mil; e a Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, formada com peças de quebra-cabeça.
A construção do hotel, que durou três anos, teve a direção de dois grandes arquitetos da época: Louis Hippolyte Boileau e Henri Tauzin. A grande festa de inauguração do prédio art déco aconteceu em 28 de dezembro de 1910. O objetivo dos donos, porém, era hospedar principalmente os compradores do Bon Marché Rive Gauche, também de sua propriedade. A fachada, quando foi concebida, deveria dar o tom e refletir o caráter de prestígio do estabelecimento e, para tanto, foi confiada aos escultores Léon Binet e, em seguida, a Paul Belmondo (o pai do autor), que deram o toque art déco.
Ao todo, o hotel oferece 60 suítes e 230 acomodações mantidas no estilo clássico dos anos 1930. Em um dos quartos, que é conhecido como europeu, a vista é para o Bon Marché e a decoração é toda art déco, incluindo móveis originais de 1910. Um exemplo temático é a suíte Littéraire, que contém uma grande estante repleta de livros à disposição do hóspede. Na área comum, oito salões, sendo um de baile com obras de arte por todos os lados. No restaurante Paris, a tabble Baccarat é exclusiva e composta por cristais da marca francesa, com todo o colorido que se pode ter. Quem prefere sentir a efervescência francesa, nada como a Brasserie Lutetia.
História mundial
De 1914 a 1918, o hotel foi solicitado pelas autoridades em consequência da Primeira Guerra Mundial. Porém, como está localizado à margem esquerda do rio Sena, na Rive Gauche, espaço muito tempo frequentado por amantes da boemia e por intelectuais, como Benjamin Constant e Victor Hugo, o hotel também teve a presença desses ilustres, como Antoine de Saint-Exupéry (autor de O Pequeno Príncipe), o pintor Matisse, assim como inúmeras outras personalidades, como Catherine Deneuve, a eterna Belle de Jour. E, nos anos 1930, o Lutetia se transformou em ponto de encontro do mundo literário, como o escritor francês e ganhador do prêmio Nobel Roger Martin du Gard.
De 1914 a 1918, o hotel foi solicitado pelas autoridades em consequência da Primeira Guerra Mundial. Porém, como está localizado à margem esquerda do rio Sena, na Rive Gauche, espaço muito tempo frequentado por amantes da boemia e por intelectuais, como Benjamin Constant e Victor Hugo, o hotel também teve a presença desses ilustres, como Antoine de Saint-Exupéry (autor de O Pequeno Príncipe), o pintor Matisse, assim como inúmeras outras personalidades, como Catherine Deneuve, a eterna Belle de Jour. E, nos anos 1930, o Lutetia se transformou em ponto de encontro do mundo literário, como o escritor francês e ganhador do prêmio Nobel Roger Martin du Gard.
Nos anos 1940, foi a vez de os alemães ocuparam o local, já que no mundo explodia a Segunda Guerra Mundial. Em 1945, o general Charles de Gaulle ajudou para que os estrangeiros fossem deportados a partir da Gare D’Orsay. De 1950 a 2000, o hotel pertenceu à família Taittinger, a mesma que fabrica um dos champagnes mais famosos da região. Pertencente ao grupo Hôtels Concorde desde 1973, o Lutetia passou a ser de um grupo americano Starwood Capital. Em 2010, como as pessoas costumavam fumar no bar e já não é mais permitido, o Lutetia inaugurou o fumoir, espaço para os amantes do tabaco e, como definem, é uma verdadeira viagem ao coração de Havana, em Cuba. Outro destaque é o SPA Lutetia, que propõe menu de serviços destinados ao bem-estar.
Arte e luxo
Um passeio pelos corredores do hotel é uma viagem ao tempo, é presenciar a história viva do século 20, mesmo que você não pertença àquele país. É poder conhecer um pouco como as pessoas viviam, o que usavam, o que pensavam... E o melhor: poder usufruir de tudo aquilo e saber que muitas coisas permanecem mais vivas do que nunca!
Bar do hotel, onde acontecem os concertos de jazz |
Um passeio pelos corredores do hotel é uma viagem ao tempo, é presenciar a história viva do século 20, mesmo que você não pertença àquele país. É poder conhecer um pouco como as pessoas viviam, o que usavam, o que pensavam... E o melhor: poder usufruir de tudo aquilo e saber que muitas coisas permanecem mais vivas do que nunca!
O Lutetia respira jazz, arte e reflete a vibração do arrondissement onde está localizado, o sexto, a efervescência literária e artística das pessoas e dos escritores, músicos, artistas plásticos que ocupam as mesas dos cafés dos arredores para ler, escrever, pensar, discutir suas ideias sociais e política de cada época. O endereço é também rodeado por maisons de luxo de moda, beleza e bem-estar. Também ali perto estão museus como o Rodin, o Luxembourg, além do jardim de mesmo nome. Bem pertinho ao hotel estão charmosos bares, bistrôs, brasseries e restaurantes premiados.
Obra de arte |
O endereço é também local aonde as pessoas vão para ouvir e apreciar o jazz. O chef concierge do hotel, Jean-Luc, que está lá há 38 anos, diz preferir a parte da noite, quando a “luz se torna mais doce e quando tocam o jazz em um ambiente silencioso. É então quando o tempo parece ser suspenso, é como se estivesse entre dois mundos”. Além dele, outros funcionários estão há bastante tempo na casa, como o mensageiro Mohammed, há 30 anos, ou o maître Camille, há 20.
Entre os hóspedes, o mais comum é ver norte-americanos, asiáticos, de maneira geral, mas também franceses e europeus. Os brasileiros já descobriram o Lutetia e compõem uma fatia pequena de ocupação, de 7% (principalmente vindos de São Paulo e Rio de Janeiro), mas que vem crescendo a cada ano. É que de bom gosto e bom atendimento todo mundo gosta. E se acostuma fácil!
Hotel Lutetia 45, boulevard Raspail, 75006, Paris, tel.: 0-800-050-011
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