quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Campos do Jordão - Blue Mountain Hotel & Spa


Quem fica esperando o inverno para subir a serra e curtir os encantos de Campos do Jordão, saiba que a cidade tem muito a oferecer, mesmo na baixa temporada. Aliás, longe de julho é que é possível aproveitar as delícias da região, já que não existe a disputa por espaço. Inaugurado em 2010, o Blue Mountain Hotel & Spa ocupa área de cerca de 600 mil metros quadrados em meio às montanhas e infraestrutura completa, ideal para quem quer passear com a família, sem deixar de lado o conforto e a boa gastronomia.

Pra começar, toda a água usada pelo hotel é mineral, de duas fontes localizadas dentro da propriedade, inclusive a água da piscina, que é coberta. De lá, aliás, é possível observar as montanhas, já que o local é cercado de vidro anti-embaçante e azul, que veio da Bélgica.



Por falar em gastronomia, há espaços exclusivos, como Café Restaurante Jacarandá, onde é servido o café da manhã; Piano Bar Cedro, Bistrô, Bar da Piscina, que estão prontos para oferecer aos hóspedes menu diferenciado cujo cardápio fica a cargo do simpático chef Antônio Malaquias, cuja especialidade é a cozinha contemporânea com toque francês. A adega de vinhos, a Cave, localizada no subsolo e esculpida em pedra, merece um capítulo à parte, pois oferece mais de 1.300 rótulos de diversas regiões do mundo. Lá, é possível reservar o espaço para apreciar bons vinhos acompanhados de aperitivos ou fondue, do lado de dentro ou no deck, com vista para a mata.

Na parte de lazer, salão de jogos, fitness center e o Kid’s Club, que tem até uma casa no alto de uma árvore! Para os que querem relaxamento total, SPA Shishindo tem tratamentos corporais e faciais.

Blue Mountain Hotel & SPA Rua Dr. José Mestres, 2.145, Campos do Jordão, tel.: (11) 2503-0197, central@bmhs.com.br

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Champagne

Em Reims, Praça Drouet, onde restaurantes disputam atenção dos visitantes


Em uma das minhas idas e vindas a Paris, decidi conhecer a região de Champagne, com visita a uma das inúmeras caves que aceitam passeios de turistas. A partir de Paris, comprei passagens (cerca de 30 euros por trecho) de trem (TGV), saindo da Gare de l’Est, e, em menos de uma hora depois, desembarcava em Reims. O trajeto também pode ser feito de carro, percurso no qual o turista pode ir parando no caminho. Nesse caso, são 150 quilômetros de Paris.

É em Champagne, esta região localizada no noroeste da França, o local onde se produz a bebida de mesmo nome feita a partir do vinho e cheia de borbulhas perfeita para comemorações. Se não for fabricada aqui, ela vai ter outro nome, que pode variar, por exemplo, entre prosecco, espumante, cava, sidra e assim por diante.

O nome correto da região é Champagne-Ardenne. Uma lei de 1927 delimita a área de produção controlada (Appellation d’Origine Contrôlée - AOC), que compreende 34 mil hectares em cinco sub-regiões: Marne, Aube, Aisne, Haute-Marne e Seine-et-Marne, que produzem as uvas Chardonnay, Pinot Noir e Pinot Meunier. O tesouro, porém, é guardado sob toda a terra na qual se pisa. Isso porque é no subsolo que estão as caves dos grandes e dos pequenos produtores de champanhe. Ao todo, são 250 quilômetros (150 km só em Reims) de caves e galerias que guardam as 300 milhões de garrafas produzidas por ano. Só a França consome 180 milhões delas. O restante segue para o mundo. O Brasil, aliás, já é um dos consumidores assíduos da bebida.


Catedral Notre-Dame de Reims
É verdade que muitos visitantes escolhem o local para desfrutar do vinho espumante, mas há muito o que se fazer em Reims, por exemplo. A começar com a Catedral Notre-Dame de Reims, uma das maiores realizações da arte gótica da Europa. Não é à toa, aliás, que ela remete à bela Catedral de Notre-Dame de Paris. Representante do século 13, a catedral é única por seu estilo, brilho e coleção de estátuas. O local também já foi palco de diversas coroações reais. Quando estive por lá, sua fachada passava por restauração.

Na rua principal, diversos restaurantes colocam suas mesas nas calçadas durante a primavera e o verão europeu a fim de disputar as atenções dos turistas. Há ainda parque de diversões para entreter as crianças e galerias com inúmeras lojas, inclusive as que comercializam o bom champanhe, de diversas maisons.

Se tiver mais tempo em Reims, programa cultural não falta. Próximo à Catedral está o escritório de turismo da cidade. É um local confuso, sem muita informação, mas pelo menos há um guia de bolso com os endereços das maisons e dos principais pontos turísticos. Há museus, capelas e até mesmo caves para serem visitadas, já que quatro de seus monumentos são considerados Patrimônios Mundiais da Humanidade pela Unesco (Catedral Notre-Dame, Basílica Saint-Remi, Palácio do Tau e Museu Abbaye Saint-Remi).

Como a visita que havia agendado era na Moët & Chandon, localizada em Épernay, peguei um outro trem, com duração de menos de 20 minutos. O tíquete, que custa 6 euros, pode ser comprado na própria estação, inclusive nos terminais eletrônicos, com ajuda do cartão de crédito.

Visitante tem a oportunidade de conhecer como ficam armazenadas as garrafas de champanhe
Épernay
Épernay fica ao sul, no Vale do Marne. Aqui, a avenida principal não poderia ter outro nome, senão Avenue de Champagne. Além da Moët & Chandon, estão também em Épernay Bollinger, Perrier-Jouët, Mercier, Pol Roger. Já em Reims, podem ser visitadas a Veuve Clicquot Ponsardin, Piper Heidsieck, Pommery, G.H. Mumm, Taittinger, Lanson, Ruinart, Ayala, Deutz e outros produtores.

Antes de visitar a cave (que é preciso agendar com antecedência), aproveitei para dar um passeio a pé pelo centrinho, e comer algo, já que a visita geralmente inclui degustação. Como saí cedo de casa, comi uma baguete comprada na boulangerie da praça.

O agendamento foi feito para o grupo com guia que falaria francês, mas, para minha surpresa, o guia também falava português, embora os outros visitantes preferissem o idioma nativo. Sendo assim, tirei uma dúvida ou outra com o especialista durante o passeio que conta a história de duas famílias: Moët e Chandon.

Criada no século 18, Moët & Chandon é atualmente proprietária de um território rural que cobre mais de mil hectares, e suas caves possuem a maior extensão de toda a região de Champagne. Durante o passeio, o visitante anda por seus corredores e conhece o local onde as garrafas descansam antes de ficarem prontas até serem levadas para o mercado nacional ou exportadas. Ao fundo, trancada com correntes e cadeado, há um dos primeiros exemplares da bebida. O preço? Impagável, disse o guia.


Edição especial de Dom Pérignon
Depois das explicações, chega a hora mais esperada: a da degustação. Uma taça por pessoa, dependendo do pacote que comprou. Na sequência, funciona como nos parques de diversão da Disney: antes da porta de saída está a lojinha. E lá há várias opções, principalmente as safras especiais, modelos recém-lançados e que geralmente só chegam ao Brasil três, quatro meses depois, a outros preços, é claro. Por todos os lados, fotos da atriz Scarlett Johansson, musa da maison, que estrela suas campanhas publicitárias, com imagens de duplo sentido.

Durante o passeio, se bater uma sede, procure por um local onde vende a bebida produzida ali mesmo! Você não vai se arrepender!

Agende a visita
Ayala
Bollinger
Deutz
G.H. Mumm
Lanson
Mercier
Perrier-Jouët
Piper Heidsieck
Pommery
Pol Roger
Moët & Chandon
Ruinart
Taittinger
Veuve Clicquot Ponsardin

Mais informações
Champagne
Épernay
Reims