Fazia tempo que não viajava voando Gol. E, quando fui para Fortaleza, no início do mês, vi que a companhia continua servindo seu tradicional lanchinho composto por amendoim com coca-cola. No entanto, há uma novidade. Após o petisco, os comissários distribuem um cardápio e, ali, os preços estão bem ao lado do produto. Ou seja, se você quiser comer algo mais incrementado, tem de pagar por isso.
A novidade não é uma grande descoberta, haja vista que muitas companhias fora do Brasil fazem isso. Lembro de um voo pela SAS, entre Frankfurt, na Alemanha, e Oslo, na Noruega, que também vendia os seus produtos. Porém, como eu viajava de classe executiva, o serviço de bordo estava incluso.
Pela Pluna, em voo entre São Paulo e Buenos Aires, com conexão, em Montevidéu, acontecia o mesmo procedimento. Ou seja, se quisesse comer, bastava pagar. Em dólar.
Na Gol, os preços vão às alturas (juntamente com os passageiros!). Para se ter uma ideia, um sanduíche tradicional, de presunto, queijo provolone, orégano e azeite em um pão de parmesão, sai por R$ 12. Os acompanhamentos, como chocolate, batata chips e castanha de caju custam R$ 5 cada. E qualquer bebida, seja água (com ou sem gás), café, capuccino, chocolate quente, sucos, água de coco, refrigerante ou cerveja, saem por R$ 5 cada. Uma questão de troco?
Como eu não sabia desde quando o serviço existia, busquei no Google e encontrei uma matéria de 2009, que fora publicada em O Globo, que dizia que o serviço havia sido implantado em junho de 2009.
No site da empresa, há informações sobre o serviço estar disponível em sete rotas (14 voos), todos com mais de 1h30 de duração, como os voos diários partindo do Aeroporto Internacional de São Paulo (Cumbica), Recife, Porto Alegre, Belém, Fortaleza (voilà!), Brasília, Salvador, Natal, Rio de Janeiro (Aeroporto do Tom Jobim/Galeão) e Foz do Iguaçu, mas já existe o projeto de ampliá-lo para outros trechos da malha.
Questinada, a assessoria de imprensa da companhia não retornou o meu email.
E você, concorda em pagar pelo que quer comer? E o preço, é justo? Comente, palpite!
Pensei que, pelo dinheirão que pago pela passagem, o lanchinho estivesse incluso. Ser pobre nesse país é um saco, viu?
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