Esportes radicais e ecoturismo em Brotas
A 242 quilômetros de São Paulo está a capital do ecoturismo, local ideal para quem procura diversão e muita adrenalina
Frente, frente, frente. Ré, ré, ré. Mais força. Parou. Piso! Tchbum! Calma, não tem ninguém pirado por aqui. É a partir desses comandos que diversas pessoas vão a Brotas para seguir rio abaixo dentro de um bote com um instrutor num divertido passeio de rafting.
O dia começa cedo para os aventureiros que procuram esportes radicais na cidade. Às dez da manhã, os instrutores da Eco-Ação, uma das 15 agências que existem na cidade, já estão passando as noções básicas do esporte que será executado no rio Jacaré-Pepira (jacaré ralado, em tupi). Mas quando a água vem, a teoria fica bem longe da prática.
Pra começar, o melhor é fazer o bóia-cross. Difícil mesmo é precisar nadar ou se afogar. Acredite: é muito seguro.
Ah, sim, quem está no rio é pra se molhar. No início, quando o instrutor ajuda a subir na bóia (sentado ou de peito), ninguém pensa que vai cair na água. Porém nas primeiras braçadas, a instrução é exatamente se jogar na água (gelada) pra aprender a subir de volta. Mais fácil pra remar é ficar de peito na bóia. Ir sentado é pra navegar relaxando, sem pressa...
Se a canoa não virar...
O rafting é um dos esportes mais procurados. O papel dos aventureiros no bote é remar e seguir as instruções do monitor. E prestar atenção aos galhos das árvores que margeiam o rio. A mata ciliar, aliás, é bem bonita. Um dos maiores medos de quem encara a aventura é que o bote vire.
Naquelas corredeiras o bote não vira, principalmente se a teoria for colocada em prática na hora H. Quando o instrutor gritar piso!, o lance é sentar no fundo do bote, mas manter as mãos agarradas à borda para manter-se seguro e curtir a descida. Os três saltos finais, aliás, são um caso à parte.
Peixe fora d'água
Brotas oferece diversão também fora do rio, como a Verticália, momento ideal para se imaginar dentro de um jogo de videogame tipo Mário Bros (será que estou desatualizada?), e salvar a princesa no castelo. Neste caso, porém, não há princesas ou castelos, mas muita diversão e a determinação de chegar ao outro lado sem cair. Todas as fases terminam numa deliciosa descida de Tirolesa. Aqui, todo cuidado é pouco, pois tem um trecho da terceira fase que é de chorar de medo.
O rapel e a escalada também fazem parte da programação. Da altura de um prédio de dez andares é preciso descer segurando numa corda. Medo de cair não dá, mas a mão que vai soltando pra descida acontecer, machuca. Já a escalada é o momento certo para se imaginar subindo uma montanha, ou dar uma de Homem-Aranha. No final, como sempre, dá vontade de recomeçar tudo! E pensar: como é bom ser criança de novo!
Em meio a árvores e flores
Uma boa dica de hospedagem é a Fazenda Shagri-lá, a 15 quilômetros do centro de Brotas. São 280 hectares com infraestrutura completa para descanso e lazer. Um momento especial para aproveitar a comida caseira feita no fogão a lenha. O suco é da laranja da própria fazenda, seu principal produto. Fazem parte da infra ainda: churrasqueira, garapeira, quadra, piscina. Cada quarto tem decoração diferenciada. A diária custa a partir de R$ 120 o casal com pensão completa. Crianças com menos de 12 anos pagam meia e menores de 4 anos não pagam. Grupos têm desconto.
Como chegar
Pegue a rodovia dos Bandeirantes até Limeira e siga pela Washington Luís (SP 310). No km 205, entre na saída 206 B em direção à SP 225 e siga para o centro de Brotas. A viagem dura duas horas e meia e são gastos R$ 43,80 nas praças de pedágio.
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