A França estreia na Copa do Mundo nesta sexta contra o Uruguai. A imprensa está confiante de que o Mundial da Fifa terá boa audiência na televisão. Isso porque o último amistoso entre França e Tunísia, realizado dia 30/5, reuniu, no canal TF1, 8,6 milhões de telespectadores. O jogo, aliás, terminou em 1 a 1, o que foi considerado fraco, principalmente porque a Tunísia não foi classificada para o Mundial.
Em Paris, pelo menos, pouco se vê sobre a atmosfera que contagia os fanáticos durante a Copa do Mundo. O que vi, por exemplo, foi a venda de camisas oficiais na famosa avenida Champs-Elysées, onde há lojas de marcas esportivas como Nike e Adidas. Em Val d’Europe, que fica a meia-hora do centro parisiense, também há as camisetas oficiais, inclusive da Argentina e do Brasil. Pelas ruas da capital é fácil reconhecer um brasileiro: há muitos desfilando suas camisas pelas ruas e mostrando aos franceses: “olhe, eu sou um pentacampeão do mundo!”.
Nesta semana, porém, vi um garotinho de uns 10 anos de idade exibindo uma camisa verde-e-amarela com a palavra Brasil escrita na frente. Fui perguntar se ele era brasileiro, embora estivesse óbvio que não, e ele logo me respondeu, com um sotaque britânico: “Não, sou londrino”. E o que fazia um verdadeiro inglês vestindo uma camisa do Brasil perto do início da Copa do Mundo? “O Brasil é um time muito bom!”, ele respondeu, seguindo o coro dos outros amigos, igualmente britânicos, mas sem exibir a canarinho.
Por enquanto, os bares e cafés brasileiros, como o Corcovado, que está instalado em dois endereços, um no Marais e outro em Montparnasse, deverão exibir os jogos do Brasil. Os da França poderão ser acompanhados no Trocadéro, onde está a Torre Eiffel, a partir de um grande telão. Algumas cenas, promete a organização, poderão ser também acompanhadas em três dimensões.
A mídia tem falado bastante sobre os jogos. Todos os dias, os canais de televisão exibem sobre as expectativas e, nesta semana, a TF1 apresentou um documentário sobre os jogos dos “Bleus” (azuis), como eles são chamados. Houve também destaque para a seleção brasileira, uma retrospectiva com as vitórias, incluindo o pênalti que o jogador italiano Roberto Baggio perdeu na Copa de 1994.
Na imprensa escrita, as edições dos gratuitos “20 Minutes”, “Direct Matin”, “Direct Soir” e “Metro” falam sobre a seleção. Para eles, o grupo da morte é o G, justamente no qual está o Brasill, ao lado de Portugal, Costa do Marfim e Coreia. No entanto, além do Brasil, para a imprensa francesa os favoritos são Espanha, a “fúria vermelha” e a Alemanha. Porém, como a Espanha está no grupo H, deve encontrar os “sobreviventes” do grupo G e, provavelmente, o Brasil. Como estão dizendo por aqui, cada coisa em seu tempo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada pelo comentário