quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Buenos Aires - Argentina

(Publicada em 18 de maio de 2007)

Bate-e-volta em Buenos Aires

Um passeio de final de semana na capital portenha pode ser uma boa pedida para quem quer um programa diferente

Passar um final de semana em Buenos Aires é um dos programas mais descolados e baratos, acredite, para se fazer ultimamente. Com saída geralmente às sextas-feiras pela manhã e a volta aos domingos à noite, a viagem sai por cerca de R$ 1 mil, incluindo passagem aérea e hospedagem com café-da-manhã. Mas vale a pena, porque a capital argentina, mesmo com todo aquele ar blasé e clima metido a europeu, tem muito a oferecer aos brasileiros, pois, ao contrário do que se pensa (principalmente por conta da rixa existente no futebol), nós somos muito bem-recebidos e bem-tratados por todos.

Uma das coisas mais bacanas (e baratas) para se fazer na cidade é comer bem e andar de táxi. A corrida do aeroporto para o Centro da cidade sai por 60 pesos. Um almoço em uma churrascaria rodízio, com direito a vinho nacional (argentino, é claro), sai por 31 pesos. E come-se muito bem. A contar que a moeda argentina está desvalorizada perante o nosso real, faça as contas rapidamente e comprove que isso não se faz em São Paulo.

Em Puerto Madero, há muitas opções de restaurantes em um local agradável, próximo ao rio da Prata. Uma rara chance de caminhar sob o sol, mesmo que exista aquele ventinho frio característico da cidade. O local se urbanizou e os antigos galpões viraram bares e restaurantes.

A ponte de pedestres, El Puente de la Mujer, projetada por Santiago Calatrava, transformou-se em um cartão-postal da cidade. Na Recoleta, além da feira de artesanato que ocorre todos os domingos, há opções de passeio, como o Shopping Buenos Aires Design, com lojas de decoração para se inspirar. Ao lado, o Village Recoleta, um shopping futurista que tem um cinema e algumas lojas. Aos finais de semana há sessões "transnoche", que começam à uma da manhã. Boa opção pra quem não abre mão de conhecer e desfrutar do cinema argentino.

A loja que vende CDs e DVDs é uma tentação. No café, um Submarino (chocolate em barra e leite quente) é uma ótima pedida para substituir o chá das cinco. A noite é quente em Palermo.
Embora o bairro seja um pouco distante, é uma boa dica para curtir a noite. Mas atenção: a noite portenha demora um pouco para começar. As pessoas saem de casa à uma da manhã. E só voltam quando o sol dá os seus primeiros sinais. Em Puerto Madero também há discoteca. A Opera Bay começa a esquentar às duas da madrugada, e o local oferece diversas pistas, com diferentes ritmos musicais. Cabe a você decidir em qual quer baladear.

Buenos Aires histórica
Não dá para deixar de dar uma espiada no lado histórico da cidade, quando o passeio segue pela avenida Nueve de Julio. Lá, é possível observar o Obelisco em homenagem à independência do país, proclamada em 9 de julho de 1816, por José de San Martín. Seu mausoléu, aliás, está ali do lado. Por ali também fica a Casa Rosada, sede do Poder Executivo da Argentina, que após as paneladas do povo, tem uma cerca em volta para ninguém se aproximar. No Cemitério da Recoleta está sepultada Eva Perón e é um destino comum entre os turistas. Na porta é possível comprar um mapa com os túmulos de famosos. Para chegar ao de Evita, vire a segunda à esquerda, vá até o final, vire à direita na alameda mais larga, e depois à esquerda na 11ª alameda. O túmulo da ex-primeira-dama é o sexto do lado esquerdo.

O Estádio La Bombonera, do Boca Juniors, também vale uma visita. Homenagens são feitas a uma das maiores estrelas do futebol daquele país: Diego Maradona. Deixe a rixa de lado e aproveite a visita ao museu do clube.

Lugar para turista é mesmo Caminito, onde dançarinos de tango fazem os seus passos na rua, onde há suvenires para levar para casa. Artistas de rua exibem também o seu talento impresso em telas, sempre com Buenos Aires como motivo. Um bom lugar para visitar e conhecer a riqueza artística da cidade é o Museo Nacional de Bellas Artes, na Recoleta. A entrada é gratuita e é possível admirar obras de Rodin, Manet, Picasso, Renoir, Van Gogh, Monet, as bailarinas de Degas.

Clichê
Está bem, vai parecer clichê, mas ir a Buenos Aires e não ver um espetáculo de tango (ao menos em sua primeira visita à cidade) é como ir ao Rio de Janeiro e não ver o Cristo Redentor, ou não ver a Torre Eiffel em Paris, ou a Estátua da Liberdade em Nova York... Enfim, que seja. É preciso, sim, assistir a um show de tango e ver as performances maravilhosas que aqueles bailarinos são capazes de fazer com as pernas e ouvir a orquestra que toca ao vivo.

Uma parada para um lanche ou até mesmo para uma sobremesa no Havanna também vale a pena, nem que seja para comprovar se o sabor do alfajor é o mesmo daquele que temos aqui, na loja da franquia. Aproveite e traga uma caixa para casa, o preço com certeza compensa.

Compras, compras, compras!
Roupa é muito barata em Buenos Aires, mas é preciso bater um pouco de perna para encontrar o cashmere e aquele casaco de couro mais legal e mais em conta. Na Calle Florida, uma das ruas mais famosas da capital portenha, há uma loja atrás da outra. Reserve pelo menos uma tarde para zanzar por ali, se a idéia é adquirir algumas peças.

Ainda na Florida há muito que se fazer: sempre se encontra um artista de rua fazendo os turistas rirem, há Havanna, McDonald's e Burger King bem perto. Se precisar mandar notícias para casa, prefira um cyber-café ou até mesmo o Kyosko, que tem telefone público (a ligação custa poucas moedas), chamada de locutório, onde também há opção de computador para conectar a internet.

Outra dica é tomar um sorvete do Freddo. Uma bola sai por seis pesos, mas só de dulce de leche há quatro versões. Vale experimentar! Se você gosta de cultura, não deixe de dar uma passadinha na livraria El Ateneo da avenida Santa Fé. Um antigo teatro foi transformado em livraria e o palco virou um charmoso e delicioso café, com empanadas que são de dar água na boca.

A esta altura, você já vai estar exausto em virtude das poucas horas de sono em função das coisas que há para fazer, das baladas que se estendem até o amanhecer. No entanto, ao entrar no avião de volta para o Brasil, a sensação é reconfortante e dá vontade de voltar sempre!

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