terça-feira, 8 de setembro de 2009

Camburizinho - São Paulo

(Publicada em 16 de abril de 2004)


Onde é possível ouvir o silêncio

Em um canto reservado na praia de Camburizinho, em São Sebastião, é possível, sim, ouvir o canto dos pássaros, ao invés das barulhentas casas noturnas

Na agitada Camburizinho, praia localizada em São Sebastião, litoral norte de São Paulo, a 170 quilômetros da capital (pela Rio-Santos), pode-se encontrar um pouco de paz e sossego. O Villa Bebek Hotel, inaugurado em setembro do ano passado, é o lugar certo (e perfeito) para quem
quer respirar ar puro e ouvir o canto dos pássaros que pousam sobre as diversas árvore nos jardins do Villa. Hotel mesmo só no nome, pois o Villa Bebek é aconchegante como um boa pousada deve ser.

Bebek, aliás, quer dizer pato no idioma tailandês, e também o nome de um condomínio em Bali, um dos lugares onde os proprietários se inspiraram para decorar o local. O estilo rústico-chique é bem cuidado e tudo tem o dedo da proprietária, Lia Betti, que fez questão ela mesma de produzir algumas coisas que adornam todo o hotel, como as cortinas de miçangas que enfeitam vários ambientes e os jogos americanos feitos com chapas de raio-x e pintados à mão (criatividade a toda prova).

O cardápio do restaurante, então, nem se fala. O chef Eudes Assis, que já fez estágio em restaurantes da França e da capital paulista, em maio segue para a Itália para mais cinco meses de especialização. O café da manhã, servido das 8h às 11h, tem frios, bolos, tortas doces e salgadas, iogurtes, cereais e pães quentinhos a toda hora. O bar tem decoração que lembra os anos 1950, com sofás e pufes. Discos de vinil sobre as mesas que ganham luz de velas quando a noite cai completam a decoração. Se animou para pegar a estrada? Calma, que ainda tem mais, muito mais.

Longe da praia, perto da piscina
A praia de Camburizinho está a 200 metros do hotel, mas o hóspede conta com total infraestrutura previamente montada pelos funcionários com toalha de praia, cadeira e guarda-sol.

Ao todo são 22 suítes, todas com varanda e com vista voltada para a piscina. Cada quarto é único, com decoração personalizada e sempre levando artigos da Índia, Tailândia e Bali. Mas alguns detalhes são comuns entre os apartamentos: todos possuem ar-condicionado, ventilador de teto, frigobar recheado de delícias, dois roupões e dois guarda-chuvas, além de televisor com tela plana (tomara que os dias sejam bem ensolarados para que não seja necessário recorrer a este equipamento - embora seja de última geração, os canais não pegam muito bem).

Por falar em piscina, ela lembra um rio por suas curvas sinuosas e tem em volta plantas que remetem à Mata Atlântica. O paisagismo, aliás, foi bem planejado e tem entre as espécies palmeiras, moréas e helicônias.

Os funcionários, sempre atenciosos, são informais e vestem as Havaianas que tanto encantam os europeus, figuras presentes com certa regularidade no local, que não se cansam de comprar os chinelos que estão à venda lá mesmo.

Eu quero sossego!
Se não quiser sair do hotel pra nada, nem precisa. Vários exemplares do jornal do dia estão disponíveis para leitura seja na sala de estar, seja no confortável cantinho reservado no meio das bromélias, bambus e primaveras. Outro canto que convida à leitura e também para um momento de relaxamento ou meditação fica em uma das pontas da piscina.

Uma espécie de quiosque forrado de almofadas e com cortina de miçangas é o local perfeito para entrar em alfa se preciso for. Se nem assim o estresse for mandado para o alto, uma massagista de plantão dá conta do recado no ambiente também cuidadosamente montado no jardim. "Eu costumo colocar uma música suave durante a massagem, mas as pessoas têm preferido ouvir o silêncio", diz a massagista Rita Muterli.

Com duração de cerca de uma hora, a massagem sai por R$ 80. Assim, difícil mesmo é encarar a estrada de volta. Ainda bem que sempre é tempo de voltar!

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